sexta-feira, 25 de junho de 2010

Interseção

Interseção não é nem de longe o termo adequado para a histórias de três pessoas. Uma dotada de incrível inteligência, hoje classificada como uma inteligência lerda pelo menos até que a própria consiga dobrar a semântica e criar um novo vocábulo. A segunda, estressada, diferente dos demais, não somente pelos traços, mas também por suas opiniões. O terceiro, é difícil falar dele, digamos apenas que alguém que veio de uma pequena cidade e hoje ainda tenda achar seu lugar no mundo.

Mais difícil ainda é descrever como os acasos os juntaram. Cada um veio de um lugar diferente, com expêriencias diferentes, apenas a mesma sala de aula compartilhavam em comum. Conversas tolas,assuntos irrelevantes, longos intervalos entre aulas, trabalhos estressantes. Tudo o que contribuiu para que se conhecessem. Não sei dizer o exato momento que as coisas aconteceram, me parece que, entre uma prática de bioquímica (a ultima do ano), o trote aos recém chegados calouros e recados no orkut durante as férias, eles se notaram e se fizeram notar.

Ao final daquele semestre estava formado, talvez o trio mais ácido, mais divertido, mais falante e principalmente mais amigo estava formado. Compartilharam momentos e sentimentos, que sem hipérboles, valeram uma vida, quiçá mais de uma.

Durou relativamente pouco. Um ano juntos, talvez mais, talvez menos. O tempo não era importante. Mas o mesmo acaso os separou. Mas Fisicamente.


As vezes fui egoísta. Quando vocês partiram meninas, eu pensei "mas ao menos elas terão novas pessoas para conhecer, e eu ficarei aqui". Não um pensamento rejeitando as pessoas que aqui ficaram, mas a impressão sempre foi a de que as pessoas daqui eu já conheci, e dentre elas, elegi vocês como as minhas favoritas. A parte boa é que com isso, conheci gente que já "conhecia".


Aqueles três já brigaram, e muito. Muitas vezes de tão parecidos, veem os defeitos deles mesmos no outro, e por isso brigam. Outras vezes, somente por opiniões diferentes. Mas sempre sairam melhor das brigas do que entraram. Brigar e discutir fizeram e fazem parte do processo.


As vezes eu penso como seria,  se ainda continuassem aqui meninas. O que estaríamos fazendo, e o que gostaríamos de fazer? Será que eu seria parecido com o que sou hoje? A presença física de vocês faz falta. E mudou minha forma de agir, de pensar, de falar.


As honras desta postagem vão àqueles três. Cheios de histórias para contar. Cheios de saudades uns dos outros. Cheios de vontade de se encontrar. Cheios de saudosismo com o tempo que se passou. Que se tornaram amigos, irmãos, que eram um de três. Que são a razão, a sabedoria e emoção, e que se alternam a cada momento.

Tiziam, Pati, como eu sempre as chamarei, independente de nomes ou outros apelidos. Este confuso post é para vocês. Minha forma de registrar que as amo.

sábado, 5 de junho de 2010

Personas

Um blog com uma temática inspirada em jogos eletrônicos merece uma postagem sobre o tema.

Já ri, me diverti, passei o tempo, fugi de problemas, tudo em frente a uma TV conectada a este tão interessante equipamento. Já me emocionei com a morte de Aerith, ou com a mensagem de despedida de Yuna.

Meu gosto é pelo RPGs, pelas histórias. E aí chegamos à Shin Megami Tensei: Persona 3, ou como foi lançado no Japão, simplesmente Persona 3. Além do de praxe, neste jogo você pode criar laços com os personagens, os social links. Com cada social link representando um arcano maior do tarô. O que representa o Sol é um homem “morrendo”, que visita os templos aos domingos. Em uma das conversas ele confessa não conseguir terminar de ler os livros que começa.

Bom, eu não consigo terminar muitos dos RPGs que começo. Com livros não tenho este problema, mas já perdi a conta do número de jogos que cheguei ao final, peguei as melhores armas, matei os chefões secretos, mas não vi o final.

Tenho me cobrado desde então, de terminar o que começo.



Memento

O próximo post,
Poderia ser muita coisa. Não é.
São fragmentos, ficções, sentimentos, desilusões.
Hoje me recordei de algo há um tempo esquecido.
Do que quem sabe um dia teria sido, e me dei conta.
Entendi que hoje, não faço a menor questão de cogitar as várias possibilidades que poderiam ter se realizado.
Tornei-me inerte.
Não a vida, mas a esta lembrança.
Foste comigo frio como mármore.
Mesmo mármore com qual forjei a lápide de sua memória.
Em seu epitáfio apenas lê "Não mais aqui, seguiu adiante".


Comentários pessoais? Soou ressentido talvez. Quanto à parte real do texto não há motivações de ressentimento. Apenas um belo saudosismo.

Aí esta uma bela frase, para meu epitáfio. Mas, deixemos este assunto pra daqui a uns 100 anos.