quarta-feira, 26 de maio de 2010

Abismo

Uma das Raison d'etre deste blog é a de registrar, para mim, momentos que me foram marcantes (e quem sabe rir ou me lembrar com carinho daqui a algum tempo), assim como compartilhar experiências e descarregar angústias. Sim, este é um blog multitarefa.
Terça, em uma interessante discussão de metodologia científica, não sei por que cargas d'água surgiu o assunto de que alguns recentes estudos estão correlacionando o uso de inibidores da fosfodiesterase-5, como o Sildenafil (Viagra), com perda auditiva. Nisto, meu professor, de mais de 80 anos disse: "Hein?"

Tá bom, tá bom, não foi isso que ele disse! Ele falou "é uma questão de ver o que é preferível, ficar surdo ou o abismo."


Abismo foi uma das mais peculiares descrições que já vi para esta situação.

P.S.: Ainda não estou na fase de tão relevante dilema.

Lugar

fit1
n 1 ajustagem, adaptação, ajuste, encaixe, encaixamento, ajustamento. 2 corte, feitio, talhe, forma.  adj 1 bom, próprio, conveniente, ajustado, justo. 2 preparado, apto, digno, capaz.saudável: em boa condição física e mental. 


Palavra interessante. Vários significados. Várias possibilidades de uso.
O post de hoje é na verdade mais um fluxo de consciência. São três e meia da madrugada, voltei do churrasco da minha turma, e acabei de chegar em casa. Não estou bêbado. Bebi pouco. Pra alguém que fica bêbado com EXTREMA facilidade, não estar nem tonto é alguma coisa.

Fui para este churrasco e voltei quase que de um universo paralelo. Ou talvez ainda esteja nele. Um universo de mim. Uma grande amiga já disse nesse blog "não se preocupe com questões intangíveis". Na verdade a questão que levantei hoje, é uma velha questão. Salvo raras exceções, locais e etc., eu acho que eu não me encaixo. Nunca me encaixei na minha turma, o que é obvio, uma vez que lá encontrei pessoas muitíssimo diferentes de mim. Gostos, maneira de pensar, de agir, ideologias, enfim, pessoas com as quais não consigo gostar, tampouco estabelecer laços. Claro, com suas exceções. Existem sim pessoas maravilhosas lá.

As vezes tenho a impressão de que a grande massa convive muito bem. Interagem entre eles em um nível que naquele meio não consigo  interagir. Nem sei se quero.

Mas aí penso que o problema também está em mim. Nunca fui dos grandes grupos. Nunca fui das "panelas" populares. Nunca estive confortável entre a maioria da população.

Tenho sim minhas travas que me impedem de me socializar. Preocupo-me demais com como vou agir, como vou falar, o que pensarão de mim, o que acharão de mim. Ainda me incomoda muito a opinião alheia. Não consigo me libertar dela.

Não gosto de classificar a minha heterogeneidade como padrões de inteligencia. Ou falar que alguns são vaquinhas e outros pensantes.Sou dos pensantes, as vaquinhas me incomodam. Mas assim muitas vezes penso. Mas não acho que essa seja a única explicação. Se for, até que ponto é bom fazer parte das vaquinhas? Elas parecem felizes. Eu pareço feliz?

Quero um dia me libertar do que me restringe. Encontrar meu grupinho (que talvez já tenha encontrado) onde eu possa agir naturalmente, ser eu, e me sentir parte do todo. Acho que isso passará por várias etapas, entre elas deixar de pensar no que os outros pensam.

A verdade, é que me sinto só, por diversos motivos, muitas vezes olho e me vejo sozinho. Ao mesmo tempo que me mantenho só. Mas isso é assunto pra outra postagem. Quando falei, num pequeno post com a cena de game over de DDS, procurando meu caminho para sair das trevas para a luz, da ilusão para a verdade, ou ao menos a minha verdade, e disse querer os meus sapatos vermelhos, a mesma amiga supracitada disse que a resposta talvez fosse "there is no place like home". Quando li o comentário, pensei: mas onde é minha casa, onde é meu lar? Fisicamente, literalmente eu sei. Mas o que é o que eu chamo de lar? Pode parecer idiota, mas nem para esta pergunta eu tenho uma resposta concreta, com certeza.

Este post é dedicado aos que não se encaixam. Aos que não são os clichês da sociedade, e que já cogitaram a idéia de que se fossem, talvez a vida fosse mais simples, mas sabem que não viveriam bem consigo mesmos se fossem diferentes. Este post provavelmente é confuso. Eu não o revisei, escrevi e publiquei. Lerei e reverei o que escrevi em algum tempo. É um post de dúvidas, na esperança de que das dúvidas surjam hipóteses, que possam ser testadas em busca de uma resposta, ou verdade.

Todas os comentários serão MUITO bem vindos.

PS.: Hoje minha nova definição de rezar é abrir o seu coração. Espero com este blog estar abrindo meu coração, e rezando assim para melhores dias para mim e meus leitores.

Edit: 27/05/09
Coincidência bizarra, esse foi o quadragésimo quarto post. Número da minha turma, cujo churrasco foi a inspiração para este texto...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Constipação


ESTE POST É PÉSSIMO E O AUTOR SE ENVERGONHA DE UM DIA TÊ-LO FEITO.
SEM MAIS



Queixa comum em pediatria e obrigação de ser perguntado na anamnese é o hábito intestinal dos pacientes. As pessoas se alimentam mal. Eu me alimento mal, ainda mais por morar sozinho. Amo verduras, legumes. 



Poderia ser vegetariano se não gostasse tanto de carne.


Comida mais natural, cookies integrais, hamburgeres de soja, arroz integral. Gosto muito de tudo isso. O grande entrave é o trabalho para preparar algumas dessas coisas. Uma simples salada já gera alguns transtornos para quem não tem muita habilidade culinária.


Este não é um blog de humor. Mas algumas coisas passam e precisam ser postadas, até para referencias futuras. Activia é o tópico do momento no twitter, ou foi. Misturemos activia com nossas rotinas e vejamos o que dá (como toda rotina, saíra algum tipo de merda...). Cliquem na imagem, não consegui com que ela aparecesse no tamanho real.

Sem mais o que escrever, mesmo por que o único propósito era postar esta imagem, e constatar como sou prolixo e pouco prático.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Loiro

Post curto, rápido. Escolhida a minha foto de criança para o convite da formatura.
SIM, já fui loiro!!!

Fica a foto.

Sorriso

Não sei se este post é para o contexto deste blog.

Não foi uma vez que me foi dito isso, mas algumas. Depois que eu beijo, eu sorrio, e as pessoas perguntam "o que foi?", "o que é?", "por que o sorriso?". E acho que me dei conta que sorrio por que eu gosto. É quase um sorriso reflexo medular. Eu nem percebo, conscientemente que estou sorrindo, até que falam.

Já sim transei por transar, já sim considerei este ou aquele beijo não satisfatório. Mas já tive beijos satisfatórios em que depois não sorri, e beijos não satisfatórios em que depois sorri. Não é uma questão do beijo, ou do ato em sim. Acho que é mais da pessoa com quem estou, do momento que estou curtindo. Não é algo que aconteça numa fast foda.

Eu acabo sempre transando com sentimento. O que não quer dizer que só o faço apaixonado ou algo do gênero. Não. Mas eu normalmente coloco sentimento, nada meloso, ou alguns diriam EMOtivo. Apenas o sentimento de quem está curtindo o momento, sei lá. Difícil definir.

Não gosto de ser um objeto, não gosto de ser mais um. Gosto de deixar minha marca. Seria essa uma forma de fazê-lo? Não acho.

É uma característica minha. Mas penso que também por isso, acabo não sendo a pessoa que mais tem sexo no mundo. Eu seleciono, escolho, tenho meus padrões. Se eu escolhi ir para a cama (se bem que pode-se transar fora dela) com alguém, é por que algo me interessou, me instigou. Algum atributo físico ou psicológico.

No fim, gosto de sorrir. Gosto de beijar. E como pessoa teatral e hiperbólica que sou, gosto de me expressar corporalmente.

Um brinde à minha volta às postagens, e à reflexão de um tema não tão relevante.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Pausa

MUITA coisa acontecendo. A pausa de uns dias e de mais uns dias será necessária.
Infelizmente, muito do que tem acontecido não tem sido bom.
Espero que as coisas melhorem, em todos os aspectos.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Comentário


Blogger Bruno Proxy disse...



Seria natural do "Ser" humano querer ser visto, notado e desejado mesmo quando isso não é nem de perto uma necessidade para viver?

Será que criamos a sociedade só pra que fossesmos notados entre nossos pares? Pra que tivéssemos o prazer de demonstrar infinitamente o quanto somos bonitos/inteligentes/desejáeis/amáveis/adoráveis?

E será por que então que você está precisando se sentir tão notado agora? Quando somente o fato de você existir pra mim e pra mais uma meia dúzia de pessoas, vale mais a pena do que qualquer pessoa que não tenha te percebido...

Saudades meu querido amigo...
Me honra ver meu querido amigo comentando. Bom saber que passa por aqui. O comentário seu Bruno é o motivo pelo qual escreverei um pouquinho.
Você deve saber que eu nunca fui o maior conhecedor de filosofia, um outro amigo uma vez me disse que citamos máximas filosóficas sem nem saber que são máximas filosóficas, por não conhecer filosofia mas tê-las visto em alguma coisa em nosso meio que nos influencia. Um dia quem sabe estudarei um pouco para melhor discutir isso. Como minha experiência, hoje, é apenas de influencias culturais, vamos a exemplos de onde vi coisas parecidas.

Em Naruto o principal ponto focado no início da história é o fato de ser reconhecido. Naruto é desprezado pela vila, não tem amigos e quer que as pessoas o reconheçam. Quer confirmar sua existência pelos olhos do outro.
E pessoas que foram excluídas pela sociedade, passam invisíveis por todos. Não vivem elas uma experiência de morte em vida?
Tinha mais um exemplo de anime, mas tem um tempo que não assisto nada,não consigo me lembrar exatamente o que era, então pra não falar besteira, fico só com esses exemplos.

Provavelmente esse meu outro amigo diria também que existimos através do discurso. Se pensar que ao não ser notado, não se gera discurso, você novamente não existe. Divagação minha, não tenho nenhum conhecimento teórico pra falar disso.

Rodei bastante, onde quero chegar? Me honra saber que sou lido e notado por essa meia dúzia de pessoas que me aceita, reconhece, e gosta de mim. Ser notados por vocês é a confirmação da minha existência. Mas existem outras maneiras de ser notado, algumas que massageiam o ego até mesmo. Um dia quero falar sobre meus problemas de auto-estima e o complexo de querer ser amado por todos (problemas que estão melhorando, mas carregarei comigo).

Não estou plenamente satisfeito com meu texto. Longe disso, ainda há mais que gostaria de expor, mas sem saber muito como fazê-lo agora.

Talvez a resposta seja por que agora eu quero ser notado de maneira diferente, uma maneira que um amigo não pode notar. Ser reconhecido num relacionamento. Por muito tempo eu fugi de relacionamentos, consciente ou inconscientemente. Hoje gostaria de um. Mesmo achando que seria muito complicado achar alguém que aguente minhas excentricidades, e alguém com quem eu me sinta à vontade suficiente para exercer minhas excentricidades.

Conclui sem uma conclusão, comentários são bem vindos.

domingo, 2 de maio de 2010

UEPA

Não, não me refiro à Universidade do Estado do Pará. Pensem em Rick Martin dizendo isso em sua música. É uma boa expressão de "pare o mundo que quero descer". Só mais resumida. Lembra também Vera Verão gritando e girando em indgnação.

Você sabe que tem algo de errado quando começa a escutar demais Cine 30 Seconds To Mars. Brincadeira, a banda é boa, Jared Leto tá meio velho pra bancar o emo, mas é boa. Na verdade meu termômetro é outra banda. Se eu começar a ouvir um certo cd do Foo Fighters, melhor parar porque tem algo de errado.

Como bom prolixo, já me desviei do meu objetivo. O fato é que quando um trecho quando esse vira minha frase de msn, devo me preocupar?
Honest to God I will break your heart, Tear you to pieces and rip you apart (Search and Destroy - 30 seconds to mars)
 A frase me chamou bastante atenção na música, especificamente hoje. Ainda mais depois de uma semana me sentindo parcialmente ignorado. Não ignorado, mas gostaria de ter sido mais notado, mais valorizado. Não fui. Vingança? Não vejo sentido. Só estou sem humor. Momentos assim fico chato, ou me acho chato. Perco minha Raison d'etre. Não que eu tenha uma definida, mas me sinto um pouco mais perdido. Passará, sem eu precisar picar ninguém.