quarta-feira, 31 de março de 2010

Vazio

Escrevi tanto que agora estou sem o que, ou melhor, como escrever. Já tenho algumas idéias de posts, algumas das quais venho planejando desde a criação deste blog.

Muita coisa acontecendo ultimamente é bom, faz com que eu acabe tendo idéias e inspirações para escrever. E se acontecer muita coisa e me sobrar tempo, aí é ainda melhor.

Então, deixo aqui o clipe de Ximbica e Nany People - Telefone

Charmed

Charm
n 1 fascinação, encanto, atrativo. she flashes her charms / ela ostenta seus encantos. 2 graça, beleza. 3 talismã, amuleto, fetiche. 4 feitiço, encantamento. 5 berloque. • vt+vi1 cativar, encantar, fascinar, atrair, agradar. 2 enfeitiçar, encantar. 3 dar forças mágicas a, proteger por amuleto ou talismã. 4 dar prazer a. 



O verbo charm não é nada tão incomum. Este post nasceu do uso de "charm" em uma série de jogos de videogame, os Shin Megami Tensei ou MegaTen, em especial Digital Devil Saga e Persona 3 e 4, os que conheço mais. São RPGs fantásticos, e como todo RPG alguns ataques (no caso "Marin Karin", entre outros) causam este Status.


Os efeitos? Além de uma fumacinha rosa em formato de corações saindo da cabeça do personagem (ou dos inimigos, que também podem sofrer esta condição), o mesmo fica literalmente encantado (no sentido de apaixonado até) por seu adversário. Passa a não mais obedecer os comandos do jogador, ataca os membros da própria equipe, e cura/amplifica os poderes do seu mais novo amor. Um status perigoso no jogo, pois o personagem não só deixa de ajudar, mas também passa a atrapalhar.


Alguns outros status, como "sleep", que obviamente põe o adversário para dormir, neste mesmo jogo podendo ser causado por inúmeras técnicas, como "dormina", tem uma característica interessante. Uma vez nos braços de morfeu, se o dorminhoco levar uma porrada física (dano mágico não conta neste caso) ele acorda. Claro que este não é o único meio de acordar, e que sempre algum filho da puta pode usar "Calm death" que mata instantaneamente todos que estiverem dormindo.


Mas diferente de "sleep", uma pessoa apaixonada não se cura apenas com porrada na cara. Os meios possíveis seriam mágicas como "charmdi", que curam o estado de fascinação. Mas existe uma outra maneira, sem mágicas para curar esta "paixão". ESPERAR. Leva aí 3, 4, 5 turnos, mas passa. O difícil é aguentar vivo o "charm" passar sem fazer nada a respeito.


Hoje, sem conclusões sobre o que podemos inferir do meu post.

terça-feira, 30 de março de 2010

E o Domingo é de Páscoa

Sempre gostei de praia, apesar de sempre detestar o calor. O clima de praia, mar, maresia, é outro. Nunca fiquei bronzeado. O Sol me faz ficar vermelho e depois descascar. Meu tom de pele é muito bom, muito bom pra um câncer de pele.

Uma vez, com meus 7 anos de idade, em uma ida para a casa de praia da minha tia em Caraguatatuba, tive alguma alergia, provavelmente com um exantema máculo papular pruriginoso e tals, fui para o pronto-socorro onde tomei o meu primeiro Fenergan intra muscular. E parafraseando Leila Lopes, "Nada mais me lembro, nada mais me lembro". Dormi feito um bebê e descobri que meu futuro seria assim, uma pessoa dorminhoca que dorme só com o cheiro de anti-histamínicos de primeira geração.

Mas ainda havia um outro problema, eu estava doente, gripado, quadro típico. Mas agora digam, qual o problema nisto. O problema é que estavamos na praia, eu e minhas duas tias. Eu doente, queria ficar em casa, tomar um suco, água, comer gelatina, sorvete, coisas de criança, ainda mais criança doente. Já minhas tias queriam ir para a praia, se besuntar em "Rayto de sol" e voltar quase como duas africanas para nossa cidade.

Qual foi então a solução mágica encontrada? Hidratar a criança? Levar a um pediatra? Mandá-la para sua mãe? Não, não e não. Chamaram uma BENZEDEIRA.

Ña verdade não foi uma benzedeira assim, ela era mais comum. Mas lembro-me como se fosse ontem eu sentado no sofá da sala, a benzedeira a meu lado. Enquanto fazia sinais com as mãos sobre a minha testa, proferia as seguintes palavras numa velocidade maior que Bahiana apresentando trabalho de faculdade: "Segunda é santa, terça é santa, quarta é santa, quinta é santa, sexta é santa o sábado é santo e o domingo de pááááscoaaaaa", sendo esta oração/mandinga/canção sendo repetinas bilhões de vezes.

Depois ganhei ainda uma receita de um milagroso chá de alho, o qual fez com que eu suasse por todos os poros de meu corpo naquela noite. Acordando bem no outro dia.

Moral da história? Nunca saberemos se foi a segunda, a terça, a quarta, a quinta a sexta ou o sábado o Santo que me salvou; o que a páscoa tem com tudo isso; Se o que me salvou foi a fé da macumbeira benzedeira ou o chá de alho. E que as mães devem supervisionar a viagem dos seus filhos.

Muitos chocolates para todos nesta páscoa!!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Um adendo

Já vi esta palavra ser dita como um "adentro". Quase perguntei "adentro de quem?", com as últimas notícias, provavelmente do Rick Martin. A cultura não é essencial para a vida, mas evita muitos embaraços.

Mas, voltando, citei um cd acustico, e como todo acustico, seu tom já é mais calmo, pra alguns até mais down. Pessoalmente me relaxa. A alguns dias atrás tocando musicas aleatóriamente, acabei por ouvir esta, do cd infracitado. Talvez eu esteja mais ou menos como diz a música.



Sempre acabo postando músicas. Tenho o hábito de levar o que eu gosto para os outros, na esperança de que também gostem. Quero sempre que as pessoas gostem do que eu gosto. Não as pessoas pessoas, mas as pessoas queridas.

Esperem até meu post sobre Davi Sylvian e suas incríveis músicas que (quase) ninguém conhece.

Where Ripples Become Waves

É incrível como pequenas coisas podem se tornar monstros. Monstros estes que nós mesmos criamos, alimentamos, para depois rejeitar. Os dias tem sido demasiadamente longos para mim, longos e sofridos. Afundo-me na rotina em busca de distração. Qualquer um que leia pode achar que estou deprimido ou depressivo, não é a verdade. Mas, também não deixa de ser.
Me sinto feliz, me sinto bem, mas ao mesmo tempo me sinto vazio. E procurando como preencher este vazio encontro meu Nemesis. Pior é, na verdade, quando não o encontro.
Escrever tem sido um refúgio, toma meu tempo e me acalma. Porém, o efeito é tão efêmero quanto diz a literatura ser o do crack, espero que não seja tão viciante.
A música, tem estado mais presente em minha vida, sempre à considerei um bom termômetro do meu humor. Quem já esteve triste para ouvir desenfreadamente a metade acústica do "In Your Honor" do foo fighters, sabe quando a melancolia musical está por vir, o que (ao menos ainda) não é o caso. Continuarei ouvindo "Eat you alive" que desenterrei de uma tumba próxima de casa.

Se eu disser que estou triste sem motivo, estarei mentindo. Nunca fui muito bom em auto-análise. Mas acho que tenho uma certa obsessão por controle. E estou me vendo sem o controle das situações, e ainda assim querendo que TUDO saia da maneira que quero que saia. Se assim for, preciso trabalhar isso.

Não me lembro se já falei isto, mas este blog não tem finalidade ou proposta outra que não seja eu descarregar o que estou sentindo, e receber um ou outro comentário de amigos queridos que o visitam quando eu atualizo.

Fiquei muito tempo sem atualizar, o que não quer dizer que atualizarei com maior freqüência agora. Os textos se escrevem, e assim são as postagens.