quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Chuva

Eu devia comprar um daqueles galos do tempo.

Hora de ir pra casa dos meus pais, olho o céu e penso, vai chover, espero que não agora. Descendo o morro, sinto gotas, o que faço? Volto? Não. Vamos em frente, dá tempo, ainda não está chovendo.

Meu destino estava próximo quando começa a chover mais, e mais. Imaginem muita chuva, e depois o triplo disto. Poças enormes pelo chão e carros jogando MUITA água nos pedestres. E imaginem agora eu no meio disso tudo.

O que levar a partir desta experiência?
- Levar um guarda chuva quando achar que pode chover.
- Xingar mais os carros.
- Não achar que vai dar tempo, não dá.

Bem, no fim, a única coisa boa é que de baixo de tanta chuva, eu devia estar sexy, camiseta branca e calça jeans molhados, cabelo molhado e aquele olhar de "a água está batendo no meu rosto". Com um galinho do tempo isto não aconteceria.
Hawt!


PS: Não vou colocar imagem de camiseta molhada aqui, esse é um blog sério (?). Fica a carta clow "The Rain".

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Tolerância?

Minha fase de 13-14 anos moldou muito do que sou hoje. Muito mesmo. Fiquei mais extrovertido nessa época, e olha que ainda sou muito tímido. Mas não é disso que quero falar.
Nessa época, uma colega de escola arrumou um namorado, e volta e meia eu ouvia uma histórias de que ela estava sendo traída. Nessa mesma época ouvi um sábio conselho: "Não se meta". E a explicação "você conta, a pessoa vai tirar satisfação com o namorado(a), ele(a) enrola a pessoa, e no fim você que fica de mal na história." Se a pessoa corneada for do sexo oposto, é sempre por que você está fazendo intriga por que quer "pegar" esta pessoa. Se for do mesmo sexo, você quer é o corneador.

Isso todos estamos familiarizados. Mas apenas com o tempo que entendi as reais implicações disto. O apaixonado fica trouxa. Alguns mais, outros menos. Mas ficam trouxas. E nisto não vêem nem o óbvio.

Tenho alguns amigos em relacionamentos que, eu de minha visão de espectador, considero falidos. Normalmente eu sigo este conselho, sábio conselho, e fico calado. Mas ultimamente tenho visto tanto, que não consigo ficar calado. E eu me sinto mal por isso.

Já me falaram que eu só falo o que falo, por que eu falo pra essas pessoas na cara que são trouxas, que não devem aguentar certas situações, que lhes falta amor prórpio, porque eu nunca tive um grande amor. Realmente, nunca tive um grande amor arrebatador de montanhas e capaz de abrir os mares, mas eu venho pensando que, se isto que vejo nessas pessoas em particular for este amor, prefiro ficar sozinho. Por que quando ouço o "você vai se apaixonar e entender" é quase como se me desejassem um "você vai sofrer".

Onde está escrito que amor é sofrimento, excluindo claro aqueles romances românticos?

Eu não quero sofrimento pra mim. Mas algum casal não briga, perguntam-me? Sim brigam, mas uma discussão com respeito é até saudável, perdido o respeito, perdeu-se tudo.

Eu veementemente acredito que, o dia que eu perder o respeito por alguém, eu não preciso mais dessa pessoa nem pra limpar o chão onde piso.

E essa tem sido minha crise, pois eu sempre fui reservado e nunca me foi fácil demonstrar sentimentos. Será que eu estou errado? Será que eu aprendi errado? Ou será que meus amigos precisam de mais saúde mental?

O tempo leva tudo, e espero que leve destes a tristeza que carregam, e que melhor, o tempo lhes traga experiência. Pois a única coisa que o tempo nos trás é o melhor entendimentos das situações, dos fenômenos.  Não deve haver um certo, nem um errado, mas o mesmo tempo, espero, traga alguma luz sobre qual dos caminhos é melhor a seguir.

PS.: Eu preciso descarregar alguns sentimentos, pra conseguir conviver entre os meios. Tenho precisado exercitar minha tolerância.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

programação

Quase seis meses da minha última postagem. Escrever é um estado de espírito. Não que eu tenha passado seis meses sem ter a vontade de escrever, ou a inspiração. As circunstancias me fizeram parar de postar.
Cheguei a esboçar alguns textos, que talvez eu termine, mas não gostei deles, não os achei dignos. Me cobrei demais e fiz de menos.

A verdade é que tenho estado chato e sem paciência. Mais que o usual.

Vi uma cena no twitter mais cedo, na verdade duas, com protagonistas diferentes. Fico pensando o quão sozinhos somos, precisamos o tempo todo ser reconhecidos pelos outros. Alguns querem mais reconhecimento, outros menos. Mas no fim é o que queremos. E cada um tenta atingir seu objetivo à sua maneira.
Quanto preciso que os outros me vejam?

Eu a partir de um comentário aqui neste blog tinha feito um pacto comigo mesmo, não fazer perguntas que não vou alcançar respostas, não me torturar com isso.
Quebrado momentaneamente o pacto, é hora de voltar ao normal.

Tenho plena consciência que esta postagem está pior que os meus rascunhos que ainda não publiquei. Mas ela é, como muitas, uma postagem pra mim, demonstrando ainda a minha dificuldade em escrever algo com sentido de uma vez.

O que vem por aí? O grande post sobre presentes, a narrativa de algumas experiências de quinta, e quem sabe o que mais.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Interseção

Interseção não é nem de longe o termo adequado para a histórias de três pessoas. Uma dotada de incrível inteligência, hoje classificada como uma inteligência lerda pelo menos até que a própria consiga dobrar a semântica e criar um novo vocábulo. A segunda, estressada, diferente dos demais, não somente pelos traços, mas também por suas opiniões. O terceiro, é difícil falar dele, digamos apenas que alguém que veio de uma pequena cidade e hoje ainda tenda achar seu lugar no mundo.

Mais difícil ainda é descrever como os acasos os juntaram. Cada um veio de um lugar diferente, com expêriencias diferentes, apenas a mesma sala de aula compartilhavam em comum. Conversas tolas,assuntos irrelevantes, longos intervalos entre aulas, trabalhos estressantes. Tudo o que contribuiu para que se conhecessem. Não sei dizer o exato momento que as coisas aconteceram, me parece que, entre uma prática de bioquímica (a ultima do ano), o trote aos recém chegados calouros e recados no orkut durante as férias, eles se notaram e se fizeram notar.

Ao final daquele semestre estava formado, talvez o trio mais ácido, mais divertido, mais falante e principalmente mais amigo estava formado. Compartilharam momentos e sentimentos, que sem hipérboles, valeram uma vida, quiçá mais de uma.

Durou relativamente pouco. Um ano juntos, talvez mais, talvez menos. O tempo não era importante. Mas o mesmo acaso os separou. Mas Fisicamente.


As vezes fui egoísta. Quando vocês partiram meninas, eu pensei "mas ao menos elas terão novas pessoas para conhecer, e eu ficarei aqui". Não um pensamento rejeitando as pessoas que aqui ficaram, mas a impressão sempre foi a de que as pessoas daqui eu já conheci, e dentre elas, elegi vocês como as minhas favoritas. A parte boa é que com isso, conheci gente que já "conhecia".


Aqueles três já brigaram, e muito. Muitas vezes de tão parecidos, veem os defeitos deles mesmos no outro, e por isso brigam. Outras vezes, somente por opiniões diferentes. Mas sempre sairam melhor das brigas do que entraram. Brigar e discutir fizeram e fazem parte do processo.


As vezes eu penso como seria,  se ainda continuassem aqui meninas. O que estaríamos fazendo, e o que gostaríamos de fazer? Será que eu seria parecido com o que sou hoje? A presença física de vocês faz falta. E mudou minha forma de agir, de pensar, de falar.


As honras desta postagem vão àqueles três. Cheios de histórias para contar. Cheios de saudades uns dos outros. Cheios de vontade de se encontrar. Cheios de saudosismo com o tempo que se passou. Que se tornaram amigos, irmãos, que eram um de três. Que são a razão, a sabedoria e emoção, e que se alternam a cada momento.

Tiziam, Pati, como eu sempre as chamarei, independente de nomes ou outros apelidos. Este confuso post é para vocês. Minha forma de registrar que as amo.

sábado, 5 de junho de 2010

Personas

Um blog com uma temática inspirada em jogos eletrônicos merece uma postagem sobre o tema.

Já ri, me diverti, passei o tempo, fugi de problemas, tudo em frente a uma TV conectada a este tão interessante equipamento. Já me emocionei com a morte de Aerith, ou com a mensagem de despedida de Yuna.

Meu gosto é pelo RPGs, pelas histórias. E aí chegamos à Shin Megami Tensei: Persona 3, ou como foi lançado no Japão, simplesmente Persona 3. Além do de praxe, neste jogo você pode criar laços com os personagens, os social links. Com cada social link representando um arcano maior do tarô. O que representa o Sol é um homem “morrendo”, que visita os templos aos domingos. Em uma das conversas ele confessa não conseguir terminar de ler os livros que começa.

Bom, eu não consigo terminar muitos dos RPGs que começo. Com livros não tenho este problema, mas já perdi a conta do número de jogos que cheguei ao final, peguei as melhores armas, matei os chefões secretos, mas não vi o final.

Tenho me cobrado desde então, de terminar o que começo.



Memento

O próximo post,
Poderia ser muita coisa. Não é.
São fragmentos, ficções, sentimentos, desilusões.
Hoje me recordei de algo há um tempo esquecido.
Do que quem sabe um dia teria sido, e me dei conta.
Entendi que hoje, não faço a menor questão de cogitar as várias possibilidades que poderiam ter se realizado.
Tornei-me inerte.
Não a vida, mas a esta lembrança.
Foste comigo frio como mármore.
Mesmo mármore com qual forjei a lápide de sua memória.
Em seu epitáfio apenas lê "Não mais aqui, seguiu adiante".


Comentários pessoais? Soou ressentido talvez. Quanto à parte real do texto não há motivações de ressentimento. Apenas um belo saudosismo.

Aí esta uma bela frase, para meu epitáfio. Mas, deixemos este assunto pra daqui a uns 100 anos.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Abismo

Uma das Raison d'etre deste blog é a de registrar, para mim, momentos que me foram marcantes (e quem sabe rir ou me lembrar com carinho daqui a algum tempo), assim como compartilhar experiências e descarregar angústias. Sim, este é um blog multitarefa.
Terça, em uma interessante discussão de metodologia científica, não sei por que cargas d'água surgiu o assunto de que alguns recentes estudos estão correlacionando o uso de inibidores da fosfodiesterase-5, como o Sildenafil (Viagra), com perda auditiva. Nisto, meu professor, de mais de 80 anos disse: "Hein?"

Tá bom, tá bom, não foi isso que ele disse! Ele falou "é uma questão de ver o que é preferível, ficar surdo ou o abismo."


Abismo foi uma das mais peculiares descrições que já vi para esta situação.

P.S.: Ainda não estou na fase de tão relevante dilema.

Lugar

fit1
n 1 ajustagem, adaptação, ajuste, encaixe, encaixamento, ajustamento. 2 corte, feitio, talhe, forma.  adj 1 bom, próprio, conveniente, ajustado, justo. 2 preparado, apto, digno, capaz.saudável: em boa condição física e mental. 


Palavra interessante. Vários significados. Várias possibilidades de uso.
O post de hoje é na verdade mais um fluxo de consciência. São três e meia da madrugada, voltei do churrasco da minha turma, e acabei de chegar em casa. Não estou bêbado. Bebi pouco. Pra alguém que fica bêbado com EXTREMA facilidade, não estar nem tonto é alguma coisa.

Fui para este churrasco e voltei quase que de um universo paralelo. Ou talvez ainda esteja nele. Um universo de mim. Uma grande amiga já disse nesse blog "não se preocupe com questões intangíveis". Na verdade a questão que levantei hoje, é uma velha questão. Salvo raras exceções, locais e etc., eu acho que eu não me encaixo. Nunca me encaixei na minha turma, o que é obvio, uma vez que lá encontrei pessoas muitíssimo diferentes de mim. Gostos, maneira de pensar, de agir, ideologias, enfim, pessoas com as quais não consigo gostar, tampouco estabelecer laços. Claro, com suas exceções. Existem sim pessoas maravilhosas lá.

As vezes tenho a impressão de que a grande massa convive muito bem. Interagem entre eles em um nível que naquele meio não consigo  interagir. Nem sei se quero.

Mas aí penso que o problema também está em mim. Nunca fui dos grandes grupos. Nunca fui das "panelas" populares. Nunca estive confortável entre a maioria da população.

Tenho sim minhas travas que me impedem de me socializar. Preocupo-me demais com como vou agir, como vou falar, o que pensarão de mim, o que acharão de mim. Ainda me incomoda muito a opinião alheia. Não consigo me libertar dela.

Não gosto de classificar a minha heterogeneidade como padrões de inteligencia. Ou falar que alguns são vaquinhas e outros pensantes.Sou dos pensantes, as vaquinhas me incomodam. Mas assim muitas vezes penso. Mas não acho que essa seja a única explicação. Se for, até que ponto é bom fazer parte das vaquinhas? Elas parecem felizes. Eu pareço feliz?

Quero um dia me libertar do que me restringe. Encontrar meu grupinho (que talvez já tenha encontrado) onde eu possa agir naturalmente, ser eu, e me sentir parte do todo. Acho que isso passará por várias etapas, entre elas deixar de pensar no que os outros pensam.

A verdade, é que me sinto só, por diversos motivos, muitas vezes olho e me vejo sozinho. Ao mesmo tempo que me mantenho só. Mas isso é assunto pra outra postagem. Quando falei, num pequeno post com a cena de game over de DDS, procurando meu caminho para sair das trevas para a luz, da ilusão para a verdade, ou ao menos a minha verdade, e disse querer os meus sapatos vermelhos, a mesma amiga supracitada disse que a resposta talvez fosse "there is no place like home". Quando li o comentário, pensei: mas onde é minha casa, onde é meu lar? Fisicamente, literalmente eu sei. Mas o que é o que eu chamo de lar? Pode parecer idiota, mas nem para esta pergunta eu tenho uma resposta concreta, com certeza.

Este post é dedicado aos que não se encaixam. Aos que não são os clichês da sociedade, e que já cogitaram a idéia de que se fossem, talvez a vida fosse mais simples, mas sabem que não viveriam bem consigo mesmos se fossem diferentes. Este post provavelmente é confuso. Eu não o revisei, escrevi e publiquei. Lerei e reverei o que escrevi em algum tempo. É um post de dúvidas, na esperança de que das dúvidas surjam hipóteses, que possam ser testadas em busca de uma resposta, ou verdade.

Todas os comentários serão MUITO bem vindos.

PS.: Hoje minha nova definição de rezar é abrir o seu coração. Espero com este blog estar abrindo meu coração, e rezando assim para melhores dias para mim e meus leitores.

Edit: 27/05/09
Coincidência bizarra, esse foi o quadragésimo quarto post. Número da minha turma, cujo churrasco foi a inspiração para este texto...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Constipação


ESTE POST É PÉSSIMO E O AUTOR SE ENVERGONHA DE UM DIA TÊ-LO FEITO.
SEM MAIS



Queixa comum em pediatria e obrigação de ser perguntado na anamnese é o hábito intestinal dos pacientes. As pessoas se alimentam mal. Eu me alimento mal, ainda mais por morar sozinho. Amo verduras, legumes. 



Poderia ser vegetariano se não gostasse tanto de carne.


Comida mais natural, cookies integrais, hamburgeres de soja, arroz integral. Gosto muito de tudo isso. O grande entrave é o trabalho para preparar algumas dessas coisas. Uma simples salada já gera alguns transtornos para quem não tem muita habilidade culinária.


Este não é um blog de humor. Mas algumas coisas passam e precisam ser postadas, até para referencias futuras. Activia é o tópico do momento no twitter, ou foi. Misturemos activia com nossas rotinas e vejamos o que dá (como toda rotina, saíra algum tipo de merda...). Cliquem na imagem, não consegui com que ela aparecesse no tamanho real.

Sem mais o que escrever, mesmo por que o único propósito era postar esta imagem, e constatar como sou prolixo e pouco prático.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Loiro

Post curto, rápido. Escolhida a minha foto de criança para o convite da formatura.
SIM, já fui loiro!!!

Fica a foto.

Sorriso

Não sei se este post é para o contexto deste blog.

Não foi uma vez que me foi dito isso, mas algumas. Depois que eu beijo, eu sorrio, e as pessoas perguntam "o que foi?", "o que é?", "por que o sorriso?". E acho que me dei conta que sorrio por que eu gosto. É quase um sorriso reflexo medular. Eu nem percebo, conscientemente que estou sorrindo, até que falam.

Já sim transei por transar, já sim considerei este ou aquele beijo não satisfatório. Mas já tive beijos satisfatórios em que depois não sorri, e beijos não satisfatórios em que depois sorri. Não é uma questão do beijo, ou do ato em sim. Acho que é mais da pessoa com quem estou, do momento que estou curtindo. Não é algo que aconteça numa fast foda.

Eu acabo sempre transando com sentimento. O que não quer dizer que só o faço apaixonado ou algo do gênero. Não. Mas eu normalmente coloco sentimento, nada meloso, ou alguns diriam EMOtivo. Apenas o sentimento de quem está curtindo o momento, sei lá. Difícil definir.

Não gosto de ser um objeto, não gosto de ser mais um. Gosto de deixar minha marca. Seria essa uma forma de fazê-lo? Não acho.

É uma característica minha. Mas penso que também por isso, acabo não sendo a pessoa que mais tem sexo no mundo. Eu seleciono, escolho, tenho meus padrões. Se eu escolhi ir para a cama (se bem que pode-se transar fora dela) com alguém, é por que algo me interessou, me instigou. Algum atributo físico ou psicológico.

No fim, gosto de sorrir. Gosto de beijar. E como pessoa teatral e hiperbólica que sou, gosto de me expressar corporalmente.

Um brinde à minha volta às postagens, e à reflexão de um tema não tão relevante.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Pausa

MUITA coisa acontecendo. A pausa de uns dias e de mais uns dias será necessária.
Infelizmente, muito do que tem acontecido não tem sido bom.
Espero que as coisas melhorem, em todos os aspectos.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Comentário


Blogger Bruno Proxy disse...



Seria natural do "Ser" humano querer ser visto, notado e desejado mesmo quando isso não é nem de perto uma necessidade para viver?

Será que criamos a sociedade só pra que fossesmos notados entre nossos pares? Pra que tivéssemos o prazer de demonstrar infinitamente o quanto somos bonitos/inteligentes/desejáeis/amáveis/adoráveis?

E será por que então que você está precisando se sentir tão notado agora? Quando somente o fato de você existir pra mim e pra mais uma meia dúzia de pessoas, vale mais a pena do que qualquer pessoa que não tenha te percebido...

Saudades meu querido amigo...
Me honra ver meu querido amigo comentando. Bom saber que passa por aqui. O comentário seu Bruno é o motivo pelo qual escreverei um pouquinho.
Você deve saber que eu nunca fui o maior conhecedor de filosofia, um outro amigo uma vez me disse que citamos máximas filosóficas sem nem saber que são máximas filosóficas, por não conhecer filosofia mas tê-las visto em alguma coisa em nosso meio que nos influencia. Um dia quem sabe estudarei um pouco para melhor discutir isso. Como minha experiência, hoje, é apenas de influencias culturais, vamos a exemplos de onde vi coisas parecidas.

Em Naruto o principal ponto focado no início da história é o fato de ser reconhecido. Naruto é desprezado pela vila, não tem amigos e quer que as pessoas o reconheçam. Quer confirmar sua existência pelos olhos do outro.
E pessoas que foram excluídas pela sociedade, passam invisíveis por todos. Não vivem elas uma experiência de morte em vida?
Tinha mais um exemplo de anime, mas tem um tempo que não assisto nada,não consigo me lembrar exatamente o que era, então pra não falar besteira, fico só com esses exemplos.

Provavelmente esse meu outro amigo diria também que existimos através do discurso. Se pensar que ao não ser notado, não se gera discurso, você novamente não existe. Divagação minha, não tenho nenhum conhecimento teórico pra falar disso.

Rodei bastante, onde quero chegar? Me honra saber que sou lido e notado por essa meia dúzia de pessoas que me aceita, reconhece, e gosta de mim. Ser notados por vocês é a confirmação da minha existência. Mas existem outras maneiras de ser notado, algumas que massageiam o ego até mesmo. Um dia quero falar sobre meus problemas de auto-estima e o complexo de querer ser amado por todos (problemas que estão melhorando, mas carregarei comigo).

Não estou plenamente satisfeito com meu texto. Longe disso, ainda há mais que gostaria de expor, mas sem saber muito como fazê-lo agora.

Talvez a resposta seja por que agora eu quero ser notado de maneira diferente, uma maneira que um amigo não pode notar. Ser reconhecido num relacionamento. Por muito tempo eu fugi de relacionamentos, consciente ou inconscientemente. Hoje gostaria de um. Mesmo achando que seria muito complicado achar alguém que aguente minhas excentricidades, e alguém com quem eu me sinta à vontade suficiente para exercer minhas excentricidades.

Conclui sem uma conclusão, comentários são bem vindos.

domingo, 2 de maio de 2010

UEPA

Não, não me refiro à Universidade do Estado do Pará. Pensem em Rick Martin dizendo isso em sua música. É uma boa expressão de "pare o mundo que quero descer". Só mais resumida. Lembra também Vera Verão gritando e girando em indgnação.

Você sabe que tem algo de errado quando começa a escutar demais Cine 30 Seconds To Mars. Brincadeira, a banda é boa, Jared Leto tá meio velho pra bancar o emo, mas é boa. Na verdade meu termômetro é outra banda. Se eu começar a ouvir um certo cd do Foo Fighters, melhor parar porque tem algo de errado.

Como bom prolixo, já me desviei do meu objetivo. O fato é que quando um trecho quando esse vira minha frase de msn, devo me preocupar?
Honest to God I will break your heart, Tear you to pieces and rip you apart (Search and Destroy - 30 seconds to mars)
 A frase me chamou bastante atenção na música, especificamente hoje. Ainda mais depois de uma semana me sentindo parcialmente ignorado. Não ignorado, mas gostaria de ter sido mais notado, mais valorizado. Não fui. Vingança? Não vejo sentido. Só estou sem humor. Momentos assim fico chato, ou me acho chato. Perco minha Raison d'etre. Não que eu tenha uma definida, mas me sinto um pouco mais perdido. Passará, sem eu precisar picar ninguém.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Exemplo

Impossível fugir a este post. Hoje foi o último ambulatório do meu grupo do internato com o nosso querido professor Dr. Albino. Para homenageá-lo fizemos uma vaquinha e uma pequena confraternização, com direito a refrigerante, bolas (ou bexigas dependendo da região do país), salgados e tudo o que conseguimos organizar em pouco tempo. Foi, claro, emocionante para todos, foi uma surpresa para ele, e sempre é uma surpresa para nós.

Dr. Albino já é um senhor, mas o que chama atenção é o exemplo. Até hoje não conheci ninguém mais competente, mais ético, mais gentil nem mais educado que ele. Mesmo considerando estas características em separado, ainda assim ninguém se compara. Não é um professor apenas, é um mestre, um exemplo de vida, com um exemplo de história.

Termino aqui esta breve e silenciosa homenagem, com os desejos dele para nós, alunos dele, mas que se extendem à qualquer ser humano (levemente modificados por mim, pois é o que lembro dele falando):
Devemos trabalhar com seriedade e não com o comodismo; ter conhecimento com sabedoria, pois de nada adianta somente o conhecimento técnico; ter compromisso com a verdade. Lembrar que o hábio é a morte, a acomodação é morte, se nos acomodamos, morremos. E o brinde, devemos brindar a vida.

Algumas outras palavras de Dr. Albino me fizeram ter certeza do que eu quero fazer de residência médica, mas isso é assunto para um outro post.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sonhos

Embrace your dreams and whatever happens protect your honor (Zack Fair)

"Abrace seus sonhos e o que quer que aconteça proteja sua honra", em inglês, como diria cleycianne.

Abraçar meus sonhos. Definir meus sonhos. São duas coisas que preciso fazer com certa urgência. Várias expressões terão o mesmo significado, "definir prioridades" é hoje uma delas.

Não sei exatamente o porque de eu estar aqui discorrendo sobre isso. A frase me veio a cabeça. Acontece com certa frequencia. Às vezes são letras de músicas, outras são frases que ouvi/li em um jogo de video-game, por outras vezes são trechos de livros. Muitas das vezes sem clara relação com o que estou fazendo no momento.

Meu post de agora, mais do que um recado para mim mesmo, é um pedido à todos que por aqui passarem. Abracem seus sonhos, lutem por eles, mas não se esqueçam de sua própria honra. Estendam a palavra honra para diversos significados, à ética, à sua pureza. Só vale a pena viver os sonhos, se tivermos sido fiéis a nós mesmos.

Boa semana.

domingo, 25 de abril de 2010

Humano

hu.ma.no
adj (lat humanu) 1 Que pertence ou se refere ao homem. 2Humanitário. 3 Bondoso, compassivo, caridoso. sm pl O gênero humano, os homens, os mortais.


Vejo muito o adjetivo "humano" em meu meio. Humanizar o atendimento, humanizar a medicina. São certamente coisas importantes. Nestes casos o adjetivo se refere justamente ao humanitário, ao bondoso.

Me preocupa que nem sempre para mim, o adjetivo tem uma conotação tão boa. E ao ler a descrição no dicionário, só me preocupa mais ainda. Não é segredo para nenhum dos que me conhecem, que meu ego é sim inflado, e admito que as vezes considero ser maior do que realmente sou. Mas acredito que nós, humanos em geral, não nos consideramos humanos. Não somos homens, somos Deuses, somos imortais.

Meu problema vem justamente, quando em algumas situações me vejo humano, cheio de fraquezas, impotente perante situações, ou o pior, agindo por um imbecil instinto humano. Por que somos evoluídos demais para termos instinto animal.
É de nossa espécie nos achar melhor do que o que está a nossa volta.

Quem nunca se sentiu mal por não ter uma tesourinha do Mickey, invejando a do coleguinha. Quem nunca se sentiu inebriado em soberba por ter uma tesourinha do Mickey. Quem nunca se sentiu trocado e saiu pegando o primeiro ser que vê pela frente só pra se sentir superior, numa patética demonstração de despeito e auto-afirmação.
São estas situações fruto de nosso modelo sócio-econômico-estético-político-carnavalesco? Ou são apenas fruto de nossas características enquanto humanos?
Tendo a acreditar na segunda hiótese

Minha amiga já me mandou parar de pensar em questões inalcançáveis, pois se preocupar com isto é besteira. Concordo. Hoje estou apenas mostrando reflexões minhas das últimas semanas. Um dia lerei mais filosofia, terei melhor embasamento teórico para tais questões, isto se ainda estiver com vontade de discutí-las.

Para terminar, e saíndo do assunto. Não tenho gostado de minhas atitudes das últimas semanas. Mas ao mesmo tempo gostei de tomá-las. Acho que começo a trabalhar a idéia de sair de meu refúgio, e a gostar dos resultados. Claro, muito impulsionado por estes instintos humanos, gerados por experiências vividas nas últimas semanas.
Foto? Nosso desejo de perfeição

terça-feira, 20 de abril de 2010

Rotina

Como vem sendo de rotina neste blog, os títulos dos posts geralmente são compostos por apenas uma palavra. Normalmente a que está na idéia central que me motivou a escrever. É claro que muitas vezes, da idéia original surgem outras e ela apenas fica escondida no meio de muita coisa. Então fica assim, a frase título tem sempre alguma relação, mesmo que só para mim, com o que me motivou a escrever.

Várias coisas me motivam a escrever, e os textos se constroem sozinhos, a medida que vou escrevendo. Talvez em partes por ser prolixo e tender a dar voltas e não desenvolver tão bem apenas uma idéia.

Terças são sempre meus dias mais corridos. É o dia que mais tenho atividades. Hoje as atividades foram um pouco diferentes do habitual, mas foram várias. Mas é um dia proveitoso, que sempre aprendo alguma coisa.

O dia começou comigo sonhando que já estava na formatura, eu iria fazer a mensagem aos pacientes (e realmente vou). Pensei eu no sonho "o que eu sei? Já estou formando e o que eu sei?" o desespero bateu. Aliado a isso, o texto para falar, não sei por que cargas d'agua, não era meu. Me aparacerem com um texto escrito em uma folha de caderno, um texto tosco de poucas linhas. Nervoso falei ele, era uma bosta, ninguém gostou. Eu pedi o lógico, uma nova chance, e claro que a formatura parou pra me esperar, até que apareci com uma frase improvisada pra salvar a lavoura. Acordei, anotei a frase, ela pode ser útil  mais tarde.

A partir daí, estive de volta à minha rotina. Dessa vez troquei o ambulatório pelo laboratório, e o almoço em casa por um restaurante. Reunião da UEPE à noite, e cá estou eu de volta em casa.

Entre o sonho e a rotina, houve o meu primeiro banho do dia. O banho em que eu me perguntava o quão tênue pode ser a linha entre querer ser simpático e ser chato. A idéia não era bem essa. Devia ter anotado, como fiz com a do sonho.

Mas como nem tudo é perfeito. Lendo a frase, eu vejo que ela não é ruim, mas não é muito inovadora, e a idéia, por que com o sono tá MUITO mal escrita.

Hoje eu só estou pensando e refletindo. O que acontecerá daqui pra frente. Tenho me lamentado muito. A vida toda. Mas não muito tenho feito por mim, acho. Espero melhorar. E espero que o meu Daruma, que está comigo a tanto tempo, possa logo ter seu outro olho pintado.

Talvez eu tenha que conseguir um maior.

Foto pro fim? de um daruma, não o meu, quando eu puder tiro foto do meu. Superstições idiotas.

domingo, 18 de abril de 2010

Dilema

Andei olhando as fotos de criança de convites de formatura. Preciso escolher a minha de quando eu era criança. Eu tenho uma foto, mas não sei se é a melhor....
Bom, ainda tenho 1 mês pra decidir, mas realmente gosto da foto. Só que estou muito bebê. Será que é ruim? Continuar procurando.

Fica aqui a foto

Oportunidade

Uma professora minha descreve a oportunidade como uma mulher de cabelos longos na metade da frente da cabeça, e careca na metade de trás. Essa descrição não é dela. E não sei quem ela cita quando fala isto, pois já ouvi comentários parecidos. Fato é que se você não agarrar os cabelos dela quando ela está na sua frente, não agarrará  mais quando ela passar.

Vejo a imagem disto bem nitidamente. Hoje tive uma oportunidade, e de certa forma agarrei. As conseqüências disto que ainda não sei. Precisarei de mais oportunidades que complementarão a de hoje.

Dia desses, falando com a Esther sobre algum assuntos que eu disse "é nessas horas em que você detesta ser humano". Eu as vezes detesto ser um humano, ter sentimento, ansiedades, angustias. Claro que há o lado bom. Mas eu sou impulsivo e imediatista. Espero melhorar. Tenho tentado.

Na esperança de boas novidades, encerro o post, mas não antes de expressar minha indignação por ser obrigado a ouvir forró. Tá certo que eu moro de frente pra vários barzinhos, mas ninguém merece.

Edit: Estava pensando aqui, como eu escrevo sem dar todas as informações. Seria isto um problema? Não gosto de ficar falando tudo sempre com detalhes. O mistério não é importante? Ou tanto melhor quanto mais direto?

sábado, 17 de abril de 2010

Cadáver II

A data de entrega do meu texto se aproxima. Neste momento o foco é escrever ao cadáver. Na solenidade de formatura, será escrever e falar aos pacientes. Irei da mensagem aos mortos, para a mensagem aos vivos. Todos eles que nos ajudaram no longo caminho de nossa formação.
Hoje apenas li algumas mensagens já escritas. Tirei idéias de texto, e anotei aqueles vocábulos que poderão ser úteis. Expandindo minhas influencias para conseguir o melhor texto possível.
Expressões como: "eterno desconhecido", "este por todos esquecido", "tornou-se mestre", "corpos inertes"; e palavras que poderão ao desenvolvimento de idéias, como "descanço" foram anotadas.
Quero ainda tentar trabalhar a idéia de que foi o cadáver o meu, e acredito que de muitos, o primeiro contato com a morte, e a partir dele aprendemos a respeitá-la, assim como praticar nossa ética para com as pessoas, estejam elas vivas ou mortas.

Tudo terá de ser dito de forma suave, porém representativa ao que o símbolo do cadáver desconhecido significa. Talvez esta seja uma idéia a ser levada em consideração, a simbologia que traduz a importancia da homenagem.

No mais, muito ainda o que fazer. A minha mensagem pessoal nem sequer começou a ser escrita. A música ainda está longe de ser escolhida. Opções?
Beatiful day - U2
Elevation - U2
Viva la vida - coldplay
Human - The Killers
Spaceman - The Killers
You can't always get what you want - The Rolling Stones (será que encaixa?)
Good Ridance - Green Day

Música clássica? No momento só Hungarian Rhapsody No.2

Ainda só músicas internacionais. Quem sabe encontro uma música nacional. As letras nem sempre se encaixam na situação. Algumas letras se encaixam, mas a melodia deixa a desejar. Procurar algo que satisfaça as duas condições é pedir demais?
As meninas dizem que a minha música deve ser Poker Face, que é a música do início do internato. Será mesmo? Não estou convencido.

Quem sabe menos perguntas e mais respostas num próximo momento.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Gatinhos

Hoje foi dia de levar os gatinhos para vacinar. Óbvio que eles reclamaram, miaram, protestaram. Mas é o melhor para eles. Estão crescendo e crescendo, ganharam uma média de 750 gramas em um mês. Logo eles serão castrados, ou ao invés de dois, terei uma família de gatos. E eles são irmãos, é incesto.
Pra que falar tudo isso? Só pra postar mais fotos deles!!

domingo, 11 de abril de 2010

Cadáver

O que penso quanto ao cadáver desconhecido? Que emoções eles me trazem? Lembro como se fosse ontem, a primeira vez que vi a primeira peça no anatômico, lembro a ordem que as vi, primeiro algumas articulações, depois peças de membros superiores e inferiores. Peças "inteiras" demoraram um pouco mais.

Foram pessoas, indigentes, que um dia nasceram, cresceram, riram e choraram, sentiram dor, medo, mas também carinho, amor. Tiveram esperanças de uma vida melhor, assim como todos nós temos. Esperaram por mais felicidade, mais amor, melhores condições de vida. Mas o acaso do destino os levou à morte. Seus corpos, não identificados. Hoje são objetos de estudo. Objetos que outrora andaram, falaram, ouviram a doçura da música, sentiram o cheiro das flores, sentiram o gosto das especiarias, enxergaram a beleza das cores, e sentiram o toque da pessoa amada.

Nosso respeito para com eles, tem que ser o mesmo ou maior ao que temos pela nossa própria história. A morte nos é temerosa pelo medo do esquecimento. A morte destes desconhecidos deve ser honrada por seu nobre papel de ensinar novos médicos à salvar a vida daqueles que ainda vivem.

Este texto é o início de minhas reflexões sobre o assunto, para a confecção do texto final do convite de formatura. Outros provavelmente virão, até que o texto final surja.

Home

Na minha casa, no meu quarto. A minha casa de verdade, o quarto que por tantos anos dormi todos os dias. É estranho estar aqui neste momento. Não, não me é estranho pela falta de costume, tampouco por ficar a muito tempo sem vir aqui. Mas por mim. Eu me sinto diferente. Aqui sempre foi meu refúgio. Mas de quem eu me escondia? As vezes acho que de mim. Não tenho mais conseguido fugir.

Parece que está faltando alguma coisa. Talvez por que meus gatos não vieram comigo. Talvez por que não temos mais nenhum animal aqui. E é incrível como estes pequenos peludos nos fazem falta. Mas pensar nisto só me faz pensar que eles seriam uma compensação, para algo maior que está faltando.

Por que pensar? Por que se torturar? Como escrever o porque certo em cada frase. Dúvidas que talvez eu nunca tenha a resposta. Ou nunca aprenda. Propor soluções, seria uma boa coisa. Mas ainda não vislumbro nenhuma. Ao menos nenhuma que possa aqui ser descrita.

Queria as vezes ser uma vaca, de preferência uma de presépio, e não pensar. Ao menos espero que as vacas não pensem, e não passem por "problemas" parecidos.

Este blog tem parecido o muro das lamentações, o que na verdade não é o intuito. Mas o objetivo geral passar por expor meus sentimentos, que são estes no momento. Estou hoje em uma fase meio outting da fossa. Depois dos acontecimentos que me fizeram até escrever um poema, estou amortecendo, pra logo não mais sentir. Meu medo aí, é somente reforçar meus muros, o que me remete ao meu novo poema. Sua inspiração veio ao andar de ônibus, vindo para casa, olhando a paisagem.

Concha

Estou feliz em minha concha.

Minha concha me protege,
minha concha me mantém aquecido,
minha concha me deixa seguro.

Estou infeliz em minha concha.

Minha concha segrega,
minha concha exclui,
minha concha repeli.

Quero abrir minha concha,
me deixar ser tocado,
e forjar uma pérola.


Bom, ficou mais depressivo do que imaginei. Mas, como a inspiração já estava presente, preferi escrever assim mesmo. É sempre um bom exercício, colocar "no papel" o que me vem à mente. Meus sentimentos no momento não são de tristeza. Não estou alegre, é fato. Mas me sinto tranqüilo. Chega de reflexões por hoje, tentar decifrar o que eu sinto.

Acho que ao deitar, olhar o teto, que me é um teto familiar, e me aquecer voltarei ao meu normal.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Votos

Este é um ano de eleição. E depois de uma votação na minha turma sobre quem será o Nome da turma, patrono, paraninfo,e etc. eu fico me perguntando que critérios, nós pessoas, utilizamos para votar.

Gosto de acreditar que todos querem o melhor para todos, mas vejo que não é assim. As vezes digo a mim mesmo, que não deveria ser tão ético, ou tão bonzinho. Que o mundo não é bonzinho. Mas não consigo agir de outra maneira, é o meu jeito. Fiquei chateado em ver que para muitos as motivações de votos não foram os que mais tem história com a turma, e sim aquele professor que dá determinada ajuda monetária, aquela que faz belos discursos (genéricos, pois não conhece os alunos individualmente) ou aquele cujo nome é de peso.

Dos que ganharam e aqui citei, gosto muito de dois, muito mesmo. Mas quando EU fui votar, escolhi aqueles que fossem o melhor para a coletividade. Os que mais conheciam a turma. Mas não foi o que fizeram. E assim, acabará que alguns dos nomes escolhidos nem de longe são os que EU em minha humilde ignorância considera os melhores para representar a turma.

Talvez assim seja melhor, em uma turma que nunca houve unanimidade, em uma turma de tantas mentes divergentes, existiria alguém que tivesse cativado a todos? Acho que não. Mas ainda assim as escolhas poderiam ter sido diferentes.

Saber de mais coisas me chatearam. Da ingratidão, da amargura, da falta de discernimento para reconhecer onde houve intransigência e onde houve o erro próprio. Passei 5 anos tentando enxergar em uma pessoa algum resquício de humanidade, ética, moral ou mesmo boa vontade com o próximo. Não consegui.

Uma vez, uma professora me falou que eu era parecido com ele. Acho que realmente temos muito em comum, mas espero que estas características fiquem no interesse, na ambição, no gosto por algumas disciplinas. Mas espero que me assemelhe ao nível de prepotência, arrogância, ingratidão e falta de ética desta coisa que se denomina pessoa.

Não lhe desejo mal, desejo o esquecimento, não quero sequer lembrar de sua existência.

SIM

Sim, postado bêbado. É mega difícil, você tenta, mas as teclas parecem não ser as mesmas. fodam-se as convenções, fodam-se os pressupostos.
minha digitação está péssima, mais tarde posto algo.
Bom, no mais, sem a falta de pessoas na minha vida, sentindo a falta de você.
Até o próximo porre.

Edit: Não lembro de ter escrito isso na madrugada de quinta, seja lá o que signifique, hoje estou postando.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Bichinhos

Sempre gostei de animais. Não todos os animais. Detesto insetos, não sou fã de cavalos, desgosto de porcos, galinhas e afins. Mas, sempre gostei de gatos. Quando era criança, sempre tive cachorros. Meu pai nunca deixou que eu tivesse um gato, ele não gosta de gatos.

Depois da morte da minha ultima cadela, uma poodle chata, enjoada, ranzinza, mas que amávamos, ficamos sem animais em casa. Quando me refiro à casa, me referi à minha casa original, a casa dos meus pais. Já moro em Volta Redonda e tenho casa aqui há uns bons 5 anos. Até que um dia, saindo da minha casa (em Volta Redonda) encontrei dois filhotes de gatos abandonados. Um casal. A fêmea, pretinha, magrela. O macho mais gordinho, um pouco, branco com amarelo tigrado, e estrábico do olho esquerdo.

Levei-os para casa, e hoje já com uns bons 4 meses, estão grandinho e bem cuidados. E claro, fazendo MUITA bagunça.

Mas, pra que isso tudo? Bom, como já disse eu gosto de animais. Mas não vou me tornar aquelas velhas que tem 40 gatos em casa e alimentam mais 25 animais no caminho do mercado da esquina. Eu gosto de ter um, ou no caso dois, pra dar atenção, carinho, e tals.

Eu gostaria muito de entender o funcionamento da mente dessas pessoas que abandonam tudo pelos amiguinhos peludos. Que não conseguem ver um animal sofrendo, ou que acham que está sofrendo, sem fazer nada. E que, quando se trata de humanos, a compaixão não é tanta.

Gosto dos animais, e gosto das pessoas. Os animais não falam, mas interagem da maneira deles. As pessoas falam, mas as vezes suas interações são mais esclarecedoras que palavras. E no mais, ainda não me convenci que sejamos tão superiores assim aos animais.

Pra terminar, a foto dos bagunceiros quando filhotes (eles ainda são filhotes, mas não são mais tão filhotes).

terça-feira, 6 de abril de 2010

Tédio

Overlords ficam entediados? Até que ponto o tédio pode gerar coisas novas? Um Shinigami, um gênio todos entediado, mais um death note quase criaram um deus em um novo mundo.

O fato é que estou hoje entediado. A rotina parece que se torna mais evidente. Não tenho problemas em seguir a rotina, ou estou descontente com ela. Longe disso. Mas eu queria algo novo pra sair do tédio.

Hoje o dia promete ser interessante. Gosto das terças feiras, sempre tenho boas aulas às terças. Não pela aula em sim, mas pelas atividades extra-curriculares de terça, que não deixam de ser aulas... Minhas terças tem sido boas.

Segundo a interpretação de um sonho meu, eu estou com um desejo de ser outra pessoa, sem deixar de ser eu mesmo. Quero saber como. Mudar e ainda assim manter a essência.

Vários pensamentos soltos e desconexos. Planejamento pra esta semana? Estudar. Vários assuntos que tenho que colocar em dia. Principalmente em pediatria.

Fotos: Overlord Zetta, Death Note

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Poema?

Consigo eu escrever um poema? Esta é minha dúvida. O universo me deu algumas frases, é mais um texto em prosa, do que poesia. Sem métrica, sem rima. Existem situações em que sou obsessivo pela forma, pelo método. Não é o caso.

Sem tido.

Inebriado no meu ermo espaço,
Amplo e sufocante e vazio espaço,
Olhei a ti, gostei do que vi, desgostei do que vi.

Um a um, meus sentidos foram tirados,
Primeiro só vislumbrava seu rosto,
Logo nem isso mais via...
Não mais ouvia sua voz, ou qualquer outro som;
O conTATO que nunca havia sido sentido,
Nem ao menos o gosto das palavras, doces ou amargas, pude provar.
Lhe farejaria, se pudesse.

Assim, não mais te sentindo, vi a mim mesmo
Me apaixonei pelo que vi,
Tal como narciso, me afoguei em um mar de mim,

O tempo passou,
Podem ter se passado dois minutos,
Podem ter se passado dois séculos,
Não consigo saber, só sei hoje,
Que conhecera meu Nemesis.
Conhecera a mim.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Banho

Este não é um post dedicado às pessoas moralistas.


Existe um livro chamado "Delineando a Pesquisa Clínica". No capítulo que fala como escolher a questão da pesquisa, se não me falha a memória diz que a questão pode surgir em vários momentos, até em um relaxante banho. Mas por que estou falando isso?
Eu estava pensando no banho (que bom que penso), sou super pensativo no banho. O pensamento voa longe. É um momento meu, introspectivo e relaxante. Um dos meus pseudo-leitores uma vez me disse que tem fantasias com banho, água. Eu não. Esses dias ouvi propostas, a mim dirigidas, de banhos em conjunto. Aí fique pensando em aceitar: uma vez ou outra, para a agradar, tudo bem. Agora eu não tenho complexo de Cicarelli, não acho que água e sexo combinem. Não gosto e ponto.

Mas o que gosto menos de imaginar é passar a vida com alguém que quer fuder tomar banho comigo, sempre. E minha individualidade, e a liberdade à meu fluxo de pensamentos. Como vou formular perguntas para pesquisas?

É um pensamento individualista até certo ponto, mas que interpretações posso tirar disso? Leiam meu post, tomem um banho e comentem!!! Eu repensarei sobre isto num próximo sábado ou feriado.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Confesso

Confesso que tenho 6 mamilos, dois normais e 4 extra-numerários.



OK, ok, não sou uma VAK leiteira. É primeiro de abril, esta é uma mentirinha. Mentirinha pois 1, e só 1, mamilo extra-numerário eu tenho. Mas como ninguém percebe, e obviamente ele (nem os outros) dão leite, tá tudo beleza.

Hoje é aniversário da minha tia, a única data que nunca esqueço. E essa é a verdade.

Vai se especializar em que?

Fazer medicina tem MUITOS poréns e pesares. Todos querem saber em que você vai se especializar. Me passa cada resposta pela minha cabeça, que se eu fosse falar elas aqui (ou pra qualquer pessoa) nunca mais olhariam na minha cara.

Fato é, que tenho sim minhas dúvidas sobre o que fazer.

Mês passado um colega falou "vou fazer cardiologia, mesmo por que é o que eu gosto de estudar, o que me interessa"

Tempos atrás uma professora falou "Não se iluda com um especialidade, veja naquela especialidade o que é o carro chefe, o dia a dia. Se você só gostar do que é raro, reveja. Veja como vai ser a sua rotina, e se vai gostar dela."

Essas coisas ficam passando pela minha cabeça. Quem disse que eu preciso ter minha resposta? Quem disse que eu preciso gostar de uma coisa só?

Eu muito provavelmente já tenho minha resposta. A resposta do primeiro comentário eu já tenho, a do segundo, ainda estou procurando. Ainda estou procurando muitas respostas. Talvez eu deva trocar de perguntas.

Vou começar a formular perguntas FINER:
Factível
Interessante
Nova
Ética
Relevante

quarta-feira, 31 de março de 2010

Vazio

Escrevi tanto que agora estou sem o que, ou melhor, como escrever. Já tenho algumas idéias de posts, algumas das quais venho planejando desde a criação deste blog.

Muita coisa acontecendo ultimamente é bom, faz com que eu acabe tendo idéias e inspirações para escrever. E se acontecer muita coisa e me sobrar tempo, aí é ainda melhor.

Então, deixo aqui o clipe de Ximbica e Nany People - Telefone

Charmed

Charm
n 1 fascinação, encanto, atrativo. she flashes her charms / ela ostenta seus encantos. 2 graça, beleza. 3 talismã, amuleto, fetiche. 4 feitiço, encantamento. 5 berloque. • vt+vi1 cativar, encantar, fascinar, atrair, agradar. 2 enfeitiçar, encantar. 3 dar forças mágicas a, proteger por amuleto ou talismã. 4 dar prazer a. 



O verbo charm não é nada tão incomum. Este post nasceu do uso de "charm" em uma série de jogos de videogame, os Shin Megami Tensei ou MegaTen, em especial Digital Devil Saga e Persona 3 e 4, os que conheço mais. São RPGs fantásticos, e como todo RPG alguns ataques (no caso "Marin Karin", entre outros) causam este Status.


Os efeitos? Além de uma fumacinha rosa em formato de corações saindo da cabeça do personagem (ou dos inimigos, que também podem sofrer esta condição), o mesmo fica literalmente encantado (no sentido de apaixonado até) por seu adversário. Passa a não mais obedecer os comandos do jogador, ataca os membros da própria equipe, e cura/amplifica os poderes do seu mais novo amor. Um status perigoso no jogo, pois o personagem não só deixa de ajudar, mas também passa a atrapalhar.


Alguns outros status, como "sleep", que obviamente põe o adversário para dormir, neste mesmo jogo podendo ser causado por inúmeras técnicas, como "dormina", tem uma característica interessante. Uma vez nos braços de morfeu, se o dorminhoco levar uma porrada física (dano mágico não conta neste caso) ele acorda. Claro que este não é o único meio de acordar, e que sempre algum filho da puta pode usar "Calm death" que mata instantaneamente todos que estiverem dormindo.


Mas diferente de "sleep", uma pessoa apaixonada não se cura apenas com porrada na cara. Os meios possíveis seriam mágicas como "charmdi", que curam o estado de fascinação. Mas existe uma outra maneira, sem mágicas para curar esta "paixão". ESPERAR. Leva aí 3, 4, 5 turnos, mas passa. O difícil é aguentar vivo o "charm" passar sem fazer nada a respeito.


Hoje, sem conclusões sobre o que podemos inferir do meu post.

terça-feira, 30 de março de 2010

E o Domingo é de Páscoa

Sempre gostei de praia, apesar de sempre detestar o calor. O clima de praia, mar, maresia, é outro. Nunca fiquei bronzeado. O Sol me faz ficar vermelho e depois descascar. Meu tom de pele é muito bom, muito bom pra um câncer de pele.

Uma vez, com meus 7 anos de idade, em uma ida para a casa de praia da minha tia em Caraguatatuba, tive alguma alergia, provavelmente com um exantema máculo papular pruriginoso e tals, fui para o pronto-socorro onde tomei o meu primeiro Fenergan intra muscular. E parafraseando Leila Lopes, "Nada mais me lembro, nada mais me lembro". Dormi feito um bebê e descobri que meu futuro seria assim, uma pessoa dorminhoca que dorme só com o cheiro de anti-histamínicos de primeira geração.

Mas ainda havia um outro problema, eu estava doente, gripado, quadro típico. Mas agora digam, qual o problema nisto. O problema é que estavamos na praia, eu e minhas duas tias. Eu doente, queria ficar em casa, tomar um suco, água, comer gelatina, sorvete, coisas de criança, ainda mais criança doente. Já minhas tias queriam ir para a praia, se besuntar em "Rayto de sol" e voltar quase como duas africanas para nossa cidade.

Qual foi então a solução mágica encontrada? Hidratar a criança? Levar a um pediatra? Mandá-la para sua mãe? Não, não e não. Chamaram uma BENZEDEIRA.

Ña verdade não foi uma benzedeira assim, ela era mais comum. Mas lembro-me como se fosse ontem eu sentado no sofá da sala, a benzedeira a meu lado. Enquanto fazia sinais com as mãos sobre a minha testa, proferia as seguintes palavras numa velocidade maior que Bahiana apresentando trabalho de faculdade: "Segunda é santa, terça é santa, quarta é santa, quinta é santa, sexta é santa o sábado é santo e o domingo de pááááscoaaaaa", sendo esta oração/mandinga/canção sendo repetinas bilhões de vezes.

Depois ganhei ainda uma receita de um milagroso chá de alho, o qual fez com que eu suasse por todos os poros de meu corpo naquela noite. Acordando bem no outro dia.

Moral da história? Nunca saberemos se foi a segunda, a terça, a quarta, a quinta a sexta ou o sábado o Santo que me salvou; o que a páscoa tem com tudo isso; Se o que me salvou foi a fé da macumbeira benzedeira ou o chá de alho. E que as mães devem supervisionar a viagem dos seus filhos.

Muitos chocolates para todos nesta páscoa!!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Um adendo

Já vi esta palavra ser dita como um "adentro". Quase perguntei "adentro de quem?", com as últimas notícias, provavelmente do Rick Martin. A cultura não é essencial para a vida, mas evita muitos embaraços.

Mas, voltando, citei um cd acustico, e como todo acustico, seu tom já é mais calmo, pra alguns até mais down. Pessoalmente me relaxa. A alguns dias atrás tocando musicas aleatóriamente, acabei por ouvir esta, do cd infracitado. Talvez eu esteja mais ou menos como diz a música.



Sempre acabo postando músicas. Tenho o hábito de levar o que eu gosto para os outros, na esperança de que também gostem. Quero sempre que as pessoas gostem do que eu gosto. Não as pessoas pessoas, mas as pessoas queridas.

Esperem até meu post sobre Davi Sylvian e suas incríveis músicas que (quase) ninguém conhece.

Where Ripples Become Waves

É incrível como pequenas coisas podem se tornar monstros. Monstros estes que nós mesmos criamos, alimentamos, para depois rejeitar. Os dias tem sido demasiadamente longos para mim, longos e sofridos. Afundo-me na rotina em busca de distração. Qualquer um que leia pode achar que estou deprimido ou depressivo, não é a verdade. Mas, também não deixa de ser.
Me sinto feliz, me sinto bem, mas ao mesmo tempo me sinto vazio. E procurando como preencher este vazio encontro meu Nemesis. Pior é, na verdade, quando não o encontro.
Escrever tem sido um refúgio, toma meu tempo e me acalma. Porém, o efeito é tão efêmero quanto diz a literatura ser o do crack, espero que não seja tão viciante.
A música, tem estado mais presente em minha vida, sempre à considerei um bom termômetro do meu humor. Quem já esteve triste para ouvir desenfreadamente a metade acústica do "In Your Honor" do foo fighters, sabe quando a melancolia musical está por vir, o que (ao menos ainda) não é o caso. Continuarei ouvindo "Eat you alive" que desenterrei de uma tumba próxima de casa.

Se eu disser que estou triste sem motivo, estarei mentindo. Nunca fui muito bom em auto-análise. Mas acho que tenho uma certa obsessão por controle. E estou me vendo sem o controle das situações, e ainda assim querendo que TUDO saia da maneira que quero que saia. Se assim for, preciso trabalhar isso.

Não me lembro se já falei isto, mas este blog não tem finalidade ou proposta outra que não seja eu descarregar o que estou sentindo, e receber um ou outro comentário de amigos queridos que o visitam quando eu atualizo.

Fiquei muito tempo sem atualizar, o que não quer dizer que atualizarei com maior freqüência agora. Os textos se escrevem, e assim são as postagens.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

We walk

From illusion to truth,
from darkness to ligh,
from doom to eternity...
(Shin Megami Tensei: Digital Devil Saga)




Como trilhar este caminho? As vezes sinto que estamos condenados em uma ilusão de trevas. Procuro hoje, não a luz, mas a estrada que me conduzirá a ela. Procuro os sapatos vermelhos para que meus pés não se machuquem no caminho. Procuro bater sola com sola para que o caminho se abra.

Simpatias e mandingas

Virada do ano, e o maior prêmio em loteria da história do país.
Ao não ganhar ouvi a seguinte frase de uma pessoa "Poxa, Deus não ajuda a gente nisso". O tom foz jocoso, e no clima de brincadeira respondi "Na próxima, peça ao catingudo, quem sabe ele atende".

Aí vem a pergunta, como fazer um ritual para pedir tão desejado prêmio? Bem, eu tenho aqui a solução passo a passo.

  1. Para qualquer ritual, são necessários simbolos, então faça 600 pentagramas, e coloque-os invertidos em um mesa grande. Os pentagramas devem ficam de modo que a pessoa que for realizar o ritual os veja invertidos.
  2. Compre 60 velas de 7 Dias, marque as velas dividindo-as em 7 partes iguais, e corte a primeira parte, assim você terá uma vela de 6 dias. Acenda todas em cima da mesa que já está com os pentagramas (se os pentagramas não couberem na mesa, podem ser colocados nas paredes).
  3. Com as velas acesas, você deve fazer seu jogo, evitando os números que possúam o 7.
  4. Se na grécia antiga e outras civilizações onde ocorreram  sacrifícios humanos eram oferecidas virgens, é sinal que as divindades não gostam de galinhas pretas e velhas. Então consiga 6 pintos pretos (pintos filhos de galinha e não pintos pênis, ok). Esses pintos pretos serão sacrificados na ocasião do sorteio, antes da primeira bola, decepa-se o primeiro pinto (que estará na mesa, com os pentagramas). Antes da segunda bola, decepa-se o segundo pinto. É importante que os pintos sejam sacrificados antes do sorteio de cada bola, ou não valerá de nada.
  5. Considerações: As velas devem ser acesas 6 dias antes do sorteio, o dia do sorteio, é o ultimo dia da vela. Se alguma das 60 velas se apagar nos 6 dias, desista, seu pedido foi recusado.
Bem, a mandinga é essa. Espero que tenham gostado (na verdade se gostaram ficarei com medo). Ainda não foi testada. Asociedade protetora dos pintos condena esta prática veementemente, as galinhas mães dos pintos também. Uma versão com galinhas de plástico foi proposta, porém não se sabe se o pai da mentira aceitará esta substituição.


Não me responsabilizo pelo destino da alma de quem fizer o trabalho acima. Se testarem, não me contem.

Feliz Ano Novo!