quarta-feira, 28 de abril de 2010

Exemplo

Impossível fugir a este post. Hoje foi o último ambulatório do meu grupo do internato com o nosso querido professor Dr. Albino. Para homenageá-lo fizemos uma vaquinha e uma pequena confraternização, com direito a refrigerante, bolas (ou bexigas dependendo da região do país), salgados e tudo o que conseguimos organizar em pouco tempo. Foi, claro, emocionante para todos, foi uma surpresa para ele, e sempre é uma surpresa para nós.

Dr. Albino já é um senhor, mas o que chama atenção é o exemplo. Até hoje não conheci ninguém mais competente, mais ético, mais gentil nem mais educado que ele. Mesmo considerando estas características em separado, ainda assim ninguém se compara. Não é um professor apenas, é um mestre, um exemplo de vida, com um exemplo de história.

Termino aqui esta breve e silenciosa homenagem, com os desejos dele para nós, alunos dele, mas que se extendem à qualquer ser humano (levemente modificados por mim, pois é o que lembro dele falando):
Devemos trabalhar com seriedade e não com o comodismo; ter conhecimento com sabedoria, pois de nada adianta somente o conhecimento técnico; ter compromisso com a verdade. Lembrar que o hábio é a morte, a acomodação é morte, se nos acomodamos, morremos. E o brinde, devemos brindar a vida.

Algumas outras palavras de Dr. Albino me fizeram ter certeza do que eu quero fazer de residência médica, mas isso é assunto para um outro post.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sonhos

Embrace your dreams and whatever happens protect your honor (Zack Fair)

"Abrace seus sonhos e o que quer que aconteça proteja sua honra", em inglês, como diria cleycianne.

Abraçar meus sonhos. Definir meus sonhos. São duas coisas que preciso fazer com certa urgência. Várias expressões terão o mesmo significado, "definir prioridades" é hoje uma delas.

Não sei exatamente o porque de eu estar aqui discorrendo sobre isso. A frase me veio a cabeça. Acontece com certa frequencia. Às vezes são letras de músicas, outras são frases que ouvi/li em um jogo de video-game, por outras vezes são trechos de livros. Muitas das vezes sem clara relação com o que estou fazendo no momento.

Meu post de agora, mais do que um recado para mim mesmo, é um pedido à todos que por aqui passarem. Abracem seus sonhos, lutem por eles, mas não se esqueçam de sua própria honra. Estendam a palavra honra para diversos significados, à ética, à sua pureza. Só vale a pena viver os sonhos, se tivermos sido fiéis a nós mesmos.

Boa semana.

domingo, 25 de abril de 2010

Humano

hu.ma.no
adj (lat humanu) 1 Que pertence ou se refere ao homem. 2Humanitário. 3 Bondoso, compassivo, caridoso. sm pl O gênero humano, os homens, os mortais.


Vejo muito o adjetivo "humano" em meu meio. Humanizar o atendimento, humanizar a medicina. São certamente coisas importantes. Nestes casos o adjetivo se refere justamente ao humanitário, ao bondoso.

Me preocupa que nem sempre para mim, o adjetivo tem uma conotação tão boa. E ao ler a descrição no dicionário, só me preocupa mais ainda. Não é segredo para nenhum dos que me conhecem, que meu ego é sim inflado, e admito que as vezes considero ser maior do que realmente sou. Mas acredito que nós, humanos em geral, não nos consideramos humanos. Não somos homens, somos Deuses, somos imortais.

Meu problema vem justamente, quando em algumas situações me vejo humano, cheio de fraquezas, impotente perante situações, ou o pior, agindo por um imbecil instinto humano. Por que somos evoluídos demais para termos instinto animal.
É de nossa espécie nos achar melhor do que o que está a nossa volta.

Quem nunca se sentiu mal por não ter uma tesourinha do Mickey, invejando a do coleguinha. Quem nunca se sentiu inebriado em soberba por ter uma tesourinha do Mickey. Quem nunca se sentiu trocado e saiu pegando o primeiro ser que vê pela frente só pra se sentir superior, numa patética demonstração de despeito e auto-afirmação.
São estas situações fruto de nosso modelo sócio-econômico-estético-político-carnavalesco? Ou são apenas fruto de nossas características enquanto humanos?
Tendo a acreditar na segunda hiótese

Minha amiga já me mandou parar de pensar em questões inalcançáveis, pois se preocupar com isto é besteira. Concordo. Hoje estou apenas mostrando reflexões minhas das últimas semanas. Um dia lerei mais filosofia, terei melhor embasamento teórico para tais questões, isto se ainda estiver com vontade de discutí-las.

Para terminar, e saíndo do assunto. Não tenho gostado de minhas atitudes das últimas semanas. Mas ao mesmo tempo gostei de tomá-las. Acho que começo a trabalhar a idéia de sair de meu refúgio, e a gostar dos resultados. Claro, muito impulsionado por estes instintos humanos, gerados por experiências vividas nas últimas semanas.
Foto? Nosso desejo de perfeição

terça-feira, 20 de abril de 2010

Rotina

Como vem sendo de rotina neste blog, os títulos dos posts geralmente são compostos por apenas uma palavra. Normalmente a que está na idéia central que me motivou a escrever. É claro que muitas vezes, da idéia original surgem outras e ela apenas fica escondida no meio de muita coisa. Então fica assim, a frase título tem sempre alguma relação, mesmo que só para mim, com o que me motivou a escrever.

Várias coisas me motivam a escrever, e os textos se constroem sozinhos, a medida que vou escrevendo. Talvez em partes por ser prolixo e tender a dar voltas e não desenvolver tão bem apenas uma idéia.

Terças são sempre meus dias mais corridos. É o dia que mais tenho atividades. Hoje as atividades foram um pouco diferentes do habitual, mas foram várias. Mas é um dia proveitoso, que sempre aprendo alguma coisa.

O dia começou comigo sonhando que já estava na formatura, eu iria fazer a mensagem aos pacientes (e realmente vou). Pensei eu no sonho "o que eu sei? Já estou formando e o que eu sei?" o desespero bateu. Aliado a isso, o texto para falar, não sei por que cargas d'agua, não era meu. Me aparacerem com um texto escrito em uma folha de caderno, um texto tosco de poucas linhas. Nervoso falei ele, era uma bosta, ninguém gostou. Eu pedi o lógico, uma nova chance, e claro que a formatura parou pra me esperar, até que apareci com uma frase improvisada pra salvar a lavoura. Acordei, anotei a frase, ela pode ser útil  mais tarde.

A partir daí, estive de volta à minha rotina. Dessa vez troquei o ambulatório pelo laboratório, e o almoço em casa por um restaurante. Reunião da UEPE à noite, e cá estou eu de volta em casa.

Entre o sonho e a rotina, houve o meu primeiro banho do dia. O banho em que eu me perguntava o quão tênue pode ser a linha entre querer ser simpático e ser chato. A idéia não era bem essa. Devia ter anotado, como fiz com a do sonho.

Mas como nem tudo é perfeito. Lendo a frase, eu vejo que ela não é ruim, mas não é muito inovadora, e a idéia, por que com o sono tá MUITO mal escrita.

Hoje eu só estou pensando e refletindo. O que acontecerá daqui pra frente. Tenho me lamentado muito. A vida toda. Mas não muito tenho feito por mim, acho. Espero melhorar. E espero que o meu Daruma, que está comigo a tanto tempo, possa logo ter seu outro olho pintado.

Talvez eu tenha que conseguir um maior.

Foto pro fim? de um daruma, não o meu, quando eu puder tiro foto do meu. Superstições idiotas.

domingo, 18 de abril de 2010

Dilema

Andei olhando as fotos de criança de convites de formatura. Preciso escolher a minha de quando eu era criança. Eu tenho uma foto, mas não sei se é a melhor....
Bom, ainda tenho 1 mês pra decidir, mas realmente gosto da foto. Só que estou muito bebê. Será que é ruim? Continuar procurando.

Fica aqui a foto

Oportunidade

Uma professora minha descreve a oportunidade como uma mulher de cabelos longos na metade da frente da cabeça, e careca na metade de trás. Essa descrição não é dela. E não sei quem ela cita quando fala isto, pois já ouvi comentários parecidos. Fato é que se você não agarrar os cabelos dela quando ela está na sua frente, não agarrará  mais quando ela passar.

Vejo a imagem disto bem nitidamente. Hoje tive uma oportunidade, e de certa forma agarrei. As conseqüências disto que ainda não sei. Precisarei de mais oportunidades que complementarão a de hoje.

Dia desses, falando com a Esther sobre algum assuntos que eu disse "é nessas horas em que você detesta ser humano". Eu as vezes detesto ser um humano, ter sentimento, ansiedades, angustias. Claro que há o lado bom. Mas eu sou impulsivo e imediatista. Espero melhorar. Tenho tentado.

Na esperança de boas novidades, encerro o post, mas não antes de expressar minha indignação por ser obrigado a ouvir forró. Tá certo que eu moro de frente pra vários barzinhos, mas ninguém merece.

Edit: Estava pensando aqui, como eu escrevo sem dar todas as informações. Seria isto um problema? Não gosto de ficar falando tudo sempre com detalhes. O mistério não é importante? Ou tanto melhor quanto mais direto?

sábado, 17 de abril de 2010

Cadáver II

A data de entrega do meu texto se aproxima. Neste momento o foco é escrever ao cadáver. Na solenidade de formatura, será escrever e falar aos pacientes. Irei da mensagem aos mortos, para a mensagem aos vivos. Todos eles que nos ajudaram no longo caminho de nossa formação.
Hoje apenas li algumas mensagens já escritas. Tirei idéias de texto, e anotei aqueles vocábulos que poderão ser úteis. Expandindo minhas influencias para conseguir o melhor texto possível.
Expressões como: "eterno desconhecido", "este por todos esquecido", "tornou-se mestre", "corpos inertes"; e palavras que poderão ao desenvolvimento de idéias, como "descanço" foram anotadas.
Quero ainda tentar trabalhar a idéia de que foi o cadáver o meu, e acredito que de muitos, o primeiro contato com a morte, e a partir dele aprendemos a respeitá-la, assim como praticar nossa ética para com as pessoas, estejam elas vivas ou mortas.

Tudo terá de ser dito de forma suave, porém representativa ao que o símbolo do cadáver desconhecido significa. Talvez esta seja uma idéia a ser levada em consideração, a simbologia que traduz a importancia da homenagem.

No mais, muito ainda o que fazer. A minha mensagem pessoal nem sequer começou a ser escrita. A música ainda está longe de ser escolhida. Opções?
Beatiful day - U2
Elevation - U2
Viva la vida - coldplay
Human - The Killers
Spaceman - The Killers
You can't always get what you want - The Rolling Stones (será que encaixa?)
Good Ridance - Green Day

Música clássica? No momento só Hungarian Rhapsody No.2

Ainda só músicas internacionais. Quem sabe encontro uma música nacional. As letras nem sempre se encaixam na situação. Algumas letras se encaixam, mas a melodia deixa a desejar. Procurar algo que satisfaça as duas condições é pedir demais?
As meninas dizem que a minha música deve ser Poker Face, que é a música do início do internato. Será mesmo? Não estou convencido.

Quem sabe menos perguntas e mais respostas num próximo momento.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Gatinhos

Hoje foi dia de levar os gatinhos para vacinar. Óbvio que eles reclamaram, miaram, protestaram. Mas é o melhor para eles. Estão crescendo e crescendo, ganharam uma média de 750 gramas em um mês. Logo eles serão castrados, ou ao invés de dois, terei uma família de gatos. E eles são irmãos, é incesto.
Pra que falar tudo isso? Só pra postar mais fotos deles!!

domingo, 11 de abril de 2010

Cadáver

O que penso quanto ao cadáver desconhecido? Que emoções eles me trazem? Lembro como se fosse ontem, a primeira vez que vi a primeira peça no anatômico, lembro a ordem que as vi, primeiro algumas articulações, depois peças de membros superiores e inferiores. Peças "inteiras" demoraram um pouco mais.

Foram pessoas, indigentes, que um dia nasceram, cresceram, riram e choraram, sentiram dor, medo, mas também carinho, amor. Tiveram esperanças de uma vida melhor, assim como todos nós temos. Esperaram por mais felicidade, mais amor, melhores condições de vida. Mas o acaso do destino os levou à morte. Seus corpos, não identificados. Hoje são objetos de estudo. Objetos que outrora andaram, falaram, ouviram a doçura da música, sentiram o cheiro das flores, sentiram o gosto das especiarias, enxergaram a beleza das cores, e sentiram o toque da pessoa amada.

Nosso respeito para com eles, tem que ser o mesmo ou maior ao que temos pela nossa própria história. A morte nos é temerosa pelo medo do esquecimento. A morte destes desconhecidos deve ser honrada por seu nobre papel de ensinar novos médicos à salvar a vida daqueles que ainda vivem.

Este texto é o início de minhas reflexões sobre o assunto, para a confecção do texto final do convite de formatura. Outros provavelmente virão, até que o texto final surja.

Home

Na minha casa, no meu quarto. A minha casa de verdade, o quarto que por tantos anos dormi todos os dias. É estranho estar aqui neste momento. Não, não me é estranho pela falta de costume, tampouco por ficar a muito tempo sem vir aqui. Mas por mim. Eu me sinto diferente. Aqui sempre foi meu refúgio. Mas de quem eu me escondia? As vezes acho que de mim. Não tenho mais conseguido fugir.

Parece que está faltando alguma coisa. Talvez por que meus gatos não vieram comigo. Talvez por que não temos mais nenhum animal aqui. E é incrível como estes pequenos peludos nos fazem falta. Mas pensar nisto só me faz pensar que eles seriam uma compensação, para algo maior que está faltando.

Por que pensar? Por que se torturar? Como escrever o porque certo em cada frase. Dúvidas que talvez eu nunca tenha a resposta. Ou nunca aprenda. Propor soluções, seria uma boa coisa. Mas ainda não vislumbro nenhuma. Ao menos nenhuma que possa aqui ser descrita.

Queria as vezes ser uma vaca, de preferência uma de presépio, e não pensar. Ao menos espero que as vacas não pensem, e não passem por "problemas" parecidos.

Este blog tem parecido o muro das lamentações, o que na verdade não é o intuito. Mas o objetivo geral passar por expor meus sentimentos, que são estes no momento. Estou hoje em uma fase meio outting da fossa. Depois dos acontecimentos que me fizeram até escrever um poema, estou amortecendo, pra logo não mais sentir. Meu medo aí, é somente reforçar meus muros, o que me remete ao meu novo poema. Sua inspiração veio ao andar de ônibus, vindo para casa, olhando a paisagem.

Concha

Estou feliz em minha concha.

Minha concha me protege,
minha concha me mantém aquecido,
minha concha me deixa seguro.

Estou infeliz em minha concha.

Minha concha segrega,
minha concha exclui,
minha concha repeli.

Quero abrir minha concha,
me deixar ser tocado,
e forjar uma pérola.


Bom, ficou mais depressivo do que imaginei. Mas, como a inspiração já estava presente, preferi escrever assim mesmo. É sempre um bom exercício, colocar "no papel" o que me vem à mente. Meus sentimentos no momento não são de tristeza. Não estou alegre, é fato. Mas me sinto tranqüilo. Chega de reflexões por hoje, tentar decifrar o que eu sinto.

Acho que ao deitar, olhar o teto, que me é um teto familiar, e me aquecer voltarei ao meu normal.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Votos

Este é um ano de eleição. E depois de uma votação na minha turma sobre quem será o Nome da turma, patrono, paraninfo,e etc. eu fico me perguntando que critérios, nós pessoas, utilizamos para votar.

Gosto de acreditar que todos querem o melhor para todos, mas vejo que não é assim. As vezes digo a mim mesmo, que não deveria ser tão ético, ou tão bonzinho. Que o mundo não é bonzinho. Mas não consigo agir de outra maneira, é o meu jeito. Fiquei chateado em ver que para muitos as motivações de votos não foram os que mais tem história com a turma, e sim aquele professor que dá determinada ajuda monetária, aquela que faz belos discursos (genéricos, pois não conhece os alunos individualmente) ou aquele cujo nome é de peso.

Dos que ganharam e aqui citei, gosto muito de dois, muito mesmo. Mas quando EU fui votar, escolhi aqueles que fossem o melhor para a coletividade. Os que mais conheciam a turma. Mas não foi o que fizeram. E assim, acabará que alguns dos nomes escolhidos nem de longe são os que EU em minha humilde ignorância considera os melhores para representar a turma.

Talvez assim seja melhor, em uma turma que nunca houve unanimidade, em uma turma de tantas mentes divergentes, existiria alguém que tivesse cativado a todos? Acho que não. Mas ainda assim as escolhas poderiam ter sido diferentes.

Saber de mais coisas me chatearam. Da ingratidão, da amargura, da falta de discernimento para reconhecer onde houve intransigência e onde houve o erro próprio. Passei 5 anos tentando enxergar em uma pessoa algum resquício de humanidade, ética, moral ou mesmo boa vontade com o próximo. Não consegui.

Uma vez, uma professora me falou que eu era parecido com ele. Acho que realmente temos muito em comum, mas espero que estas características fiquem no interesse, na ambição, no gosto por algumas disciplinas. Mas espero que me assemelhe ao nível de prepotência, arrogância, ingratidão e falta de ética desta coisa que se denomina pessoa.

Não lhe desejo mal, desejo o esquecimento, não quero sequer lembrar de sua existência.

SIM

Sim, postado bêbado. É mega difícil, você tenta, mas as teclas parecem não ser as mesmas. fodam-se as convenções, fodam-se os pressupostos.
minha digitação está péssima, mais tarde posto algo.
Bom, no mais, sem a falta de pessoas na minha vida, sentindo a falta de você.
Até o próximo porre.

Edit: Não lembro de ter escrito isso na madrugada de quinta, seja lá o que signifique, hoje estou postando.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Bichinhos

Sempre gostei de animais. Não todos os animais. Detesto insetos, não sou fã de cavalos, desgosto de porcos, galinhas e afins. Mas, sempre gostei de gatos. Quando era criança, sempre tive cachorros. Meu pai nunca deixou que eu tivesse um gato, ele não gosta de gatos.

Depois da morte da minha ultima cadela, uma poodle chata, enjoada, ranzinza, mas que amávamos, ficamos sem animais em casa. Quando me refiro à casa, me referi à minha casa original, a casa dos meus pais. Já moro em Volta Redonda e tenho casa aqui há uns bons 5 anos. Até que um dia, saindo da minha casa (em Volta Redonda) encontrei dois filhotes de gatos abandonados. Um casal. A fêmea, pretinha, magrela. O macho mais gordinho, um pouco, branco com amarelo tigrado, e estrábico do olho esquerdo.

Levei-os para casa, e hoje já com uns bons 4 meses, estão grandinho e bem cuidados. E claro, fazendo MUITA bagunça.

Mas, pra que isso tudo? Bom, como já disse eu gosto de animais. Mas não vou me tornar aquelas velhas que tem 40 gatos em casa e alimentam mais 25 animais no caminho do mercado da esquina. Eu gosto de ter um, ou no caso dois, pra dar atenção, carinho, e tals.

Eu gostaria muito de entender o funcionamento da mente dessas pessoas que abandonam tudo pelos amiguinhos peludos. Que não conseguem ver um animal sofrendo, ou que acham que está sofrendo, sem fazer nada. E que, quando se trata de humanos, a compaixão não é tanta.

Gosto dos animais, e gosto das pessoas. Os animais não falam, mas interagem da maneira deles. As pessoas falam, mas as vezes suas interações são mais esclarecedoras que palavras. E no mais, ainda não me convenci que sejamos tão superiores assim aos animais.

Pra terminar, a foto dos bagunceiros quando filhotes (eles ainda são filhotes, mas não são mais tão filhotes).

terça-feira, 6 de abril de 2010

Tédio

Overlords ficam entediados? Até que ponto o tédio pode gerar coisas novas? Um Shinigami, um gênio todos entediado, mais um death note quase criaram um deus em um novo mundo.

O fato é que estou hoje entediado. A rotina parece que se torna mais evidente. Não tenho problemas em seguir a rotina, ou estou descontente com ela. Longe disso. Mas eu queria algo novo pra sair do tédio.

Hoje o dia promete ser interessante. Gosto das terças feiras, sempre tenho boas aulas às terças. Não pela aula em sim, mas pelas atividades extra-curriculares de terça, que não deixam de ser aulas... Minhas terças tem sido boas.

Segundo a interpretação de um sonho meu, eu estou com um desejo de ser outra pessoa, sem deixar de ser eu mesmo. Quero saber como. Mudar e ainda assim manter a essência.

Vários pensamentos soltos e desconexos. Planejamento pra esta semana? Estudar. Vários assuntos que tenho que colocar em dia. Principalmente em pediatria.

Fotos: Overlord Zetta, Death Note

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Poema?

Consigo eu escrever um poema? Esta é minha dúvida. O universo me deu algumas frases, é mais um texto em prosa, do que poesia. Sem métrica, sem rima. Existem situações em que sou obsessivo pela forma, pelo método. Não é o caso.

Sem tido.

Inebriado no meu ermo espaço,
Amplo e sufocante e vazio espaço,
Olhei a ti, gostei do que vi, desgostei do que vi.

Um a um, meus sentidos foram tirados,
Primeiro só vislumbrava seu rosto,
Logo nem isso mais via...
Não mais ouvia sua voz, ou qualquer outro som;
O conTATO que nunca havia sido sentido,
Nem ao menos o gosto das palavras, doces ou amargas, pude provar.
Lhe farejaria, se pudesse.

Assim, não mais te sentindo, vi a mim mesmo
Me apaixonei pelo que vi,
Tal como narciso, me afoguei em um mar de mim,

O tempo passou,
Podem ter se passado dois minutos,
Podem ter se passado dois séculos,
Não consigo saber, só sei hoje,
Que conhecera meu Nemesis.
Conhecera a mim.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Banho

Este não é um post dedicado às pessoas moralistas.


Existe um livro chamado "Delineando a Pesquisa Clínica". No capítulo que fala como escolher a questão da pesquisa, se não me falha a memória diz que a questão pode surgir em vários momentos, até em um relaxante banho. Mas por que estou falando isso?
Eu estava pensando no banho (que bom que penso), sou super pensativo no banho. O pensamento voa longe. É um momento meu, introspectivo e relaxante. Um dos meus pseudo-leitores uma vez me disse que tem fantasias com banho, água. Eu não. Esses dias ouvi propostas, a mim dirigidas, de banhos em conjunto. Aí fique pensando em aceitar: uma vez ou outra, para a agradar, tudo bem. Agora eu não tenho complexo de Cicarelli, não acho que água e sexo combinem. Não gosto e ponto.

Mas o que gosto menos de imaginar é passar a vida com alguém que quer fuder tomar banho comigo, sempre. E minha individualidade, e a liberdade à meu fluxo de pensamentos. Como vou formular perguntas para pesquisas?

É um pensamento individualista até certo ponto, mas que interpretações posso tirar disso? Leiam meu post, tomem um banho e comentem!!! Eu repensarei sobre isto num próximo sábado ou feriado.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Confesso

Confesso que tenho 6 mamilos, dois normais e 4 extra-numerários.



OK, ok, não sou uma VAK leiteira. É primeiro de abril, esta é uma mentirinha. Mentirinha pois 1, e só 1, mamilo extra-numerário eu tenho. Mas como ninguém percebe, e obviamente ele (nem os outros) dão leite, tá tudo beleza.

Hoje é aniversário da minha tia, a única data que nunca esqueço. E essa é a verdade.

Vai se especializar em que?

Fazer medicina tem MUITOS poréns e pesares. Todos querem saber em que você vai se especializar. Me passa cada resposta pela minha cabeça, que se eu fosse falar elas aqui (ou pra qualquer pessoa) nunca mais olhariam na minha cara.

Fato é, que tenho sim minhas dúvidas sobre o que fazer.

Mês passado um colega falou "vou fazer cardiologia, mesmo por que é o que eu gosto de estudar, o que me interessa"

Tempos atrás uma professora falou "Não se iluda com um especialidade, veja naquela especialidade o que é o carro chefe, o dia a dia. Se você só gostar do que é raro, reveja. Veja como vai ser a sua rotina, e se vai gostar dela."

Essas coisas ficam passando pela minha cabeça. Quem disse que eu preciso ter minha resposta? Quem disse que eu preciso gostar de uma coisa só?

Eu muito provavelmente já tenho minha resposta. A resposta do primeiro comentário eu já tenho, a do segundo, ainda estou procurando. Ainda estou procurando muitas respostas. Talvez eu deva trocar de perguntas.

Vou começar a formular perguntas FINER:
Factível
Interessante
Nova
Ética
Relevante