sábado, 17 de abril de 2010

Cadáver II

A data de entrega do meu texto se aproxima. Neste momento o foco é escrever ao cadáver. Na solenidade de formatura, será escrever e falar aos pacientes. Irei da mensagem aos mortos, para a mensagem aos vivos. Todos eles que nos ajudaram no longo caminho de nossa formação.
Hoje apenas li algumas mensagens já escritas. Tirei idéias de texto, e anotei aqueles vocábulos que poderão ser úteis. Expandindo minhas influencias para conseguir o melhor texto possível.
Expressões como: "eterno desconhecido", "este por todos esquecido", "tornou-se mestre", "corpos inertes"; e palavras que poderão ao desenvolvimento de idéias, como "descanço" foram anotadas.
Quero ainda tentar trabalhar a idéia de que foi o cadáver o meu, e acredito que de muitos, o primeiro contato com a morte, e a partir dele aprendemos a respeitá-la, assim como praticar nossa ética para com as pessoas, estejam elas vivas ou mortas.

Tudo terá de ser dito de forma suave, porém representativa ao que o símbolo do cadáver desconhecido significa. Talvez esta seja uma idéia a ser levada em consideração, a simbologia que traduz a importancia da homenagem.

No mais, muito ainda o que fazer. A minha mensagem pessoal nem sequer começou a ser escrita. A música ainda está longe de ser escolhida. Opções?
Beatiful day - U2
Elevation - U2
Viva la vida - coldplay
Human - The Killers
Spaceman - The Killers
You can't always get what you want - The Rolling Stones (será que encaixa?)
Good Ridance - Green Day

Música clássica? No momento só Hungarian Rhapsody No.2

Ainda só músicas internacionais. Quem sabe encontro uma música nacional. As letras nem sempre se encaixam na situação. Algumas letras se encaixam, mas a melodia deixa a desejar. Procurar algo que satisfaça as duas condições é pedir demais?
As meninas dizem que a minha música deve ser Poker Face, que é a música do início do internato. Será mesmo? Não estou convencido.

Quem sabe menos perguntas e mais respostas num próximo momento.

Um comentário:

Meu nome é Legião, pois somos muitos. (São Marcos 5, 9) disse...

Eu, no seu lugar, não me forçaria a nada.

O texto é como o bebê de uma gestação normal: só nasce quando está pronto para tal. Uma hora tu vai acordar e terá todo o discurso pronto, pedindo pra sair, causando cólicas cerebrais em ti, gritando pra parir.